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Prevenção evita série de problemas no carro
Manutenção

Prevenção evita série de problemas no carro

Adiar a troca de peças com desgaste no veículo pode gerar custos e prejuízos maiores

26 de mar, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Prevenção evita série de problemas no carro
Formação de borras no motor é causada por óleo velho. É indicado trocar o fluído a cada 5 mil km.

Procrastinar (adiar, postergar, segundo o dicionário Houaiss), é uma atitude relativamente comum para muitos motoristas. Mas descuidar da manutenção do carro pode gerar grandes despesas, pois quanto mais uma peça se desgasta, maiores são as chances de ela afetar outras.

Foi o que constatou o vendedor Lucas Barboza, que não deu ouvidos à recomendação do mecânico e adiou a troca dos rolamentos e da correia dentada de sua Fiat Palio Weekend 1999. Duas semanas após o diagnóstico, a correia arrebentou, causando o empenamento de todas as 16 válvulas do motor 1.6. “Se eu tivesse feito o reparo antes, teria gasto R$ 350. Em vez disso, tive de desembolsar R$ 2.800 pela retífica”, afirma.

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Membro da comissão técnica da SAE Brasil, Henrique Pereira explica que quando a correia arrebenta, o motor perde a sincronização. “Por isso, as válvulas entram em contato com os pistões.”

O especialista diz que carros fora da garantia devem ser revisados a cada 10 mil km, em média. E o óleo do motor tem de ser trocado a cada 5 mil km.

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FILTROS

Técnico da Auto Mecânica Ophicina (4226-1051), em São Caetano do Sul, no ABC, Emerson Júnior chama a atenção para os filtros de ar, óleo e combustível. Ele afirma que o motorista deve seguir sempre os prazos sugeridos pela montadora.

Se o filtro de combustível entupir, por exemplo, pode danificar a bomba. “As pessoas se esquecem de substituir a peça, que custa R$ 20 nos carros ‘populares’. Caso a bomba queime por causa de sujeiras, o prejuízo pode chegar a R$ 300.”


SUBSTITUIÇÃO DO ÓLEO É UMA DAS FALHAS COMUNS

Um dos serviços mais postergados pelos donos de carro é a troca do óleo do motor, segundo o dono da Auto Mecânica Scopino (3857-2685), na zona norte, Pedro Scopino. Ele diz que esse “esquecimento” pode fazer o motor fundir.

Diretor da SAE, Henrique Pereira diz que para ter o carro em dia, basta seguir as determinações expressas no manual do veículo. “No livreto constam os prazos para a troca do óleo e o tipo de fluido que deve ser utilizado”, diz.


Na Ophicina, em São Caetano do Sul, a substituição do óleo para modelos 1.0 sai por cerca de R$ 80 (com o filtro).

Caso o motor venha a fundir, será preciso fazer a retífica. Nesse caso, o gasto gira em torno de R$ 4 mil para os chamados veículos “populares”.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”