Ela é esguia, se movimenta de um jeito único e não faz o tipo dos baixinhos. Poderíamos estar falando de uma belíssima “top model”, mas o assunto da vez é a Ducati Hypermotard, que retorna ao Brasil em nova geração – há qual todos esses atributos se encaixam.
Importada da Itália – há planos de fabricá-la em Manaus – a moto parte de R$ 51.900, na versão Standard. De série, há três modos de condução, que alteram o comportamento dos freios ABS em três níveis e o do controle de tração, em oito. Tudo pode ser comandado pelo piloto por meio de um botão no lado esquerdo do guidom.
A Hypermotard tem motor bicilíndrico de 821 cm³, que gera potência de 110 cv e torque de 9,1 mkgf, e câmbio de seis marchas. O quadro de treliça foi mantido.
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NAS RUAS
Essa combinação deixa a Ducati ágil no uso urbano, permitindo até algum abuso nas curvas fora da trajetória. A posição de pilotar é um tanto incômoda. A moto é muito alta e o piloto fica deslocado à frente. Essa disposição privilegia quem tem mais de 1,80 metro de altura.
Em uso rodoviário, a falta de proteção aerodinâmica e o tanque de gasolina, com capacidade para 16 litros, limitam longos deslocamentos. No modo confortável (Urban), o motor entrega apenas 75 cv e a moto fica “apagada”, exigindo constantes trocas de marcha para melhorar o desempenho.
No modo normal (Touring), os 110 cv estão disponíveis de maneira mais comedida, sendo ideal para o dia a dia. No esportivo, o “bicho pega”. A Hypermotard fica arisca, com a potência sendo entregue estupidamente, e muito divertida.
O câmbio de seis marchas tem engates curtos e secos. Os freios a disco, duplos na dianteira, de 320 mm e simples na traseira, de 245 mm, chegam a ser um exagero, mas vão bem para derrapagens controladas.