Após o fim da produção de Renault Scénic, em 2010, e Citroën Xsara Picasso, em 2012, o segmento de monovolumes e minivans terá mais uma baixa: o Nissan Livina sairá de linha em novembro deste ano.
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Mudando de estratégia no Brasil, a marca japonesa pretende focar suas vendas em modelos de grande volume, a exemplo do renovado March. Assim, com vendas em torno de 500 unidades mensais, o Livina dará lugar à versão de produção do crossover Extrem, apresentado como conceito no último Salão de São Paulo, em 2012.
O produto será fabricado em Resende (RJ) e terá lançamento no primeiro semestre de 2016. “Assim como aconteceu com as peruas, monovolumes e minivans vêm perdendo espaço para utilitários-esportivos. O crescimento do mercado de ‘jipões’ é uma tendência mundial, por causa do design atraente e do apelo mais esportivo (que o de outros familiares) desses carros”, diz o gerente de desenvolvimento de negócios da Jato Dynamics, Milad Kalume Neto.
O consultor diz também que, contra os monovolumes, está o fato de eles sempre terem sido considerados “carros de mãe”, o que tira o apelo desses modelos junto ao público masculino.
Heróis da resistência.Mesmo sem vendas tão relevantes quanto a de utilitários, ainda existem diversos monovolumes no País. Líder de mercado, o Honda Fit é exceção, já que tem registrado média de emplacamentos de 4 mil unidades ao mês desde 2009.
Em abril, o carro passou por reestilização. Entre os fatores para sua boa aceitação, está o fato de ter versatilidade de monovolumes com comportamento dinâmico de hatch. De janeiro a junho, foram comercializadas 20.071 unidades do carro.
O vice-líder é o Chevrolet Spin, com quase 17 mil unidades vendidas no acumulado deste ano. O destaque do carro é, como o Livina, oferecer versões de cinco e sete lugares. O terceiro colocado é o Fiat Idea, com emplacamento de apenas 9.636 exemplares de janeiro a junho. Outro representante do segmento é o Citroën C3 Picasso.
Importados dominam categoria das minivans
Se o mercado de monovolumes compactos ainda tem muitos representantes, o de minivans médias está praticamente extinto no País. Antes com representantes como Chevrolet Zafira, Renault Scénic e Citroën Picasso, todos nacionais, a categoria só tem agora dois integrantes, ambos importados.
Um deles é o Mercedes-Benz Classe B, feito na Alemanha e tabelado a R$ 128.900. O outro é o francês C4 Picasso, que tem também a versão Grand C4 Picasso, de sete lugares. Elas custam R$ 85.390 e R$ 99.990, respectivamente. Há ainda veículos de maior porte, como Chrysler Town&Country (R$ 170.900) e Kia Carnival (R$ 159.900). Somados, os modelos tiveram somente 1.385 unidades emplacadas entre janeiro e junho deste ano.
“A participação desses carros no mercado é muito restrita, de nicho. Eles estão na linha das marcas, mas têm importações restritas, para atender a um público bem específico”, afirma o consultor Milad Kalume Neto.Como não há preocupação das empresas com custos de produção por não serem fabricados no País, também não há pressões para que os volumes de vendas sejam elevados.
De acordo com o consultor, há tendência, nas concessionárias, de oferecer utilitários-esportivos aos consumidores de minivan. Isso porque os “jipões” costumam ter mais unidades disponíveis nos estoques, já que são produzidos ou importados em maior volume.
Há diversos utilitários no mercado que atendem as especificações de grandes famílias, como versões que levam até sete passageiros. São os casos de Dodge Journey, Audi Q7, Hyundai Santa Fe, Mercedes-Benz GL e Volvo XC90, entre outros.