As big trail são reconhecidas pela capacidade de levar piloto e garupa do ponto X ao Y sem que necessariamente exista um caminho que os ligue. Essa é a premissa da Yamaha Super Ténéré 1200, que passou a ser feita em Manaus na linha 2015 e ganhou opção de entrada, tabelada a R$ 55.990. A Deluxe foi mantida, mas o preço sugerido baixou de R$ 68.990 (japonesa) para R$ 61.990 (nacional).
A mecânica une motor bicilíndrico de 1200 cm³, que gera 112 cv e 11,9 mkgf, ao câmbio de seis marchas. São 2 cv e 0.3 mkgf a mais que na versão importada. A melhoria dos números, segundo a fabricante, é creditada a mudanças em materiais utilizados no motor.
A Super Ténéré 1200 manteve o visual da linha 2014, mas ganhou ajuste de altura do para-brisa, o que se traduz em maior proteção em altas velocidades, além de painel de instrumentos todo digital com computador de bordo e tela maior. A posição de guiar também melhorou com a mudança do guidom, que está mais próximo do piloto.
De série a Yamaha traz freios ABS com funcionamento combinado, suporte para navegador GPS, controlador de velocidade de cruzeiro, controle de tração, suspensões com ajustes manuais, protetores para as mãos e dois modos de condução: Normal e Sport.
O que muda é a abertura da borboleta do acelerador, mas a diferença nas respostas é praticamente imperceptível. Mais equipada, a versão Deluxe acrescenta itens como aquecedor de manoplas e ajuste elétrico das suspensões, que regula a pré-carga e a compressão, permitindo alterar a altura da moto. Esse sistema só pode ser ativado com o propulsor da motocicleta ligado e o câmbio na posição “neutro”.
MELHORIAS. Em movimento é perceptível que a big trail ficou mais dócil e a entrega de torque é linear até as 4.500 rpm, faixa em que a versão japonesa apresentava “buracos”. A Ténéré está mais suave em baixas velocidades. O câmbio tem engates curtos e fáceis e é bem escalonado.
Tanto na terra quanto no asfalto, a moto se comporta bem, é estável e equilibrada. Apesar do grande apelo para o fora de estrada, é nesse tipo de uso que está o senão da Yamaha. Como o ABS não pode ser desligado pelo piloto, fica difícil transpor obstáculos e terrenos acidentados.
Prós:
Preço: Agora nacional, modelo ficou até R$ 13 mil mais em conta que a versão japonesa
Contras:
ABS não desliga: Moto até vai bem na terra, mas freios antitravamento limitam sua capacidade