Responsável por transferir o giro do volante às rodas e esterçá-las, a caixa de direção é um item de longa durabilidade – a mesma do veículo – e, com cuidados adequados, dificilmente apresentará algum defeito. Mas, quando eles ocorrem, o conserto costuma ser bem caro.
O sinal mais comum de que há algum problema na direção são ruídos estranhos na hora de virar o volante, de acordo com o engenheiro da SAE Brasil Jomar Napoleão. Outro indício, independentemente de o sistema ter assistência, é quando o volante fica “duro” e as manobras, mais difíceis.
O defeito mais comum ocorre na direção sem assistência. É a chamada folga nas engrenagens, gerada pelo esforço empreendido nas peças . Nesse caso, basta realizar, em oficina, um ajuste nos componentes.
Ruídos podem indicar também que há desgaste acentuado em peças do sistema – barra, caixa (que traz os pistões e as cremalheiras) e terminais de direção (que ligam o componente às rodas). Isso ocorre, conforme especialistas, em carros usados de forma muito intensa, como os de frotas de empresas, por exemplo. Na maioria das vezes, é possível reparar ou trocar apenas o componente danificado.
Se for necessário substituir todo o conjunto, o preço parte de R$ 2.451 para um Uno 1.0 com assistência hidráulica na Itavema (3618-2000), autorizada Fiat na zona oeste. No caso do Volkswagen Golf 1.4, que tem direção com assistência elétrica, são R$ 8.875 na Brasilwagen (2179-8030), concessionária na zona norte.
ASSISTÊNCIA. Na caixa de direção, a ligação entre pinhão e cremalheira ocorre para transformar os movimentos circulares do volante em retilíneos de modo a alterar o ângulo de esterço das rodas. Os tipos de assistência mais comuns são hidráulica e elétrica, ambas com o objetivo de reduzir a força usada pelo motorista.
Na direção hidráulica, há o apoio de um pistão interno na cremalheira, que é empurrado pelo fluido quando o volante é girado. A bomba que o ativa está ligada ao motor do veículo. Por isso, os carros com esse sistema gastam mais combustível que os com direção sem assistência.
No dispositivo elétrico, a pressão do fluido é gerada por um motor elétrico. Isso dispensa a conexão com as polias do motor e reduz o consumo. No mecânico, não há assistência e a cremalheira é movida apenas pela força empregada pelo motorista.