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Reparo de híbrido é ?salgado?
Manutenção

Reparo de híbrido é ?salgado?

Sistema não requer cuidados extra, mas se a bateria der pane, troca chega a custar R$ 35 mil

08 de out, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Reparo de híbrido é ?salgado?

Com a redução do imposto de importação para híbridos, aprovada há poucas semanas, a expectativa é de que as ruas brasileiras passem a ter mais carros com essa tecnologia. E, apesar de os conjuntos propulsores desses veículos serem mais complexos, a manutenção não é muito diferente da exigida para os carros só a combustão, já que o pacote de motor elétrico e bateria não requer revisão frequente. No entanto, em caso de pane do sistema, as consequências para o veículo são graves e o reparo será bem caro.

Sem o motor elétrico, o carro não vai funcionar, segundo o supervisor de serviços da Ford Reinaldo Nascimbeni. Para que continuem atuando corretamente, as baterias de íons de lítio que alimentam o propulsor a eletricidade devem ser trocadas a cada oito anos – mesmo tempo que dura a garantia do componente -, no caso do Fusion Hybrid. A substituição custa R$ 35 mil para o Ford.

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Membro da Associação Brasileira de engenharia Automotiva (AEA), Edson Orikassa diz que, se houver uso intenso, as baterias de um Toyota Prius podem ter de ser substituídas a partir dos cinco anos de uso quando sob uso intenso. Ainda assim, a garantia do modelo japonês também é de oito anos. Outro ponto crítico é a conexão de energia e entre os módulos eletrônicos. “Deve-se evitar ao máximo atravessar alagamentos”, diz Nascimbeni.

A contrapartida é que o motor elétrico auxilia o a combustão na tarefa de impulsionar o carro. Por isso, este sofre menos desgaste que um modelo sem a tecnologia híbrida.


Como funciona?

O sistema híbrido é composto de dois tipos de motores: um convencional, a combustão interna, e outro elétrico, alimentado por baterias posicionadas no porta-malas ou sob o assoalho do carro (acima). Ao rodar em baixas velocidades, o veículo utiliza apenas a eletricidade acumulada. Quando necessário, o motor a gasolina entra em ação para proporcionar acelerações mais vigorosas, manter maior velocidade de cruzeiro ou mesmo recarregar as baterias.

Assim, o uso de combustível (gasolina, gás, etanol, etc…) é reduzido. O sistema é gerenciado pela central eletrônica do carro, que “decide” quando cada motor deve entrar em ação. Há também um recurso que transforma a energia cinética das desacelerações em eletricidade, que será enviada às baterias. As pastilhas de freio, por exemplo, serão acionadas apenas em frenagens severas.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”