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Catalisador não exige reparo, apenas troca
Manutenção

Catalisador não exige reparo, apenas troca

Peça transforma os gases tóxicos provenientes da queima do combustível em material inofensivo

10 de jun, 2015 · 5 minutos de leitura.

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 Catalisador não exige reparo, apenas troca
verificação do catalisador

O número assusta. Cerca de 3,7 milhões de pessoas morrem por ano em decorrência da poluição do ar, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. E, como no clima frio a dispersão de gases fica prejudicada, manter o catalisador em ordem é ainda mais vital. Esse filtro fica nos escapamentos, parte de R$ 350 nas oficinas pesquisadas, não requer manutenção, tampouco pode ser reparado – se der defeito, tem de ser trocado.

Montado dentro de uma cápsula feita de aço inoxidável, a peça é composta por uma colmeia cerâmica que, por meio de reações químicas, transforma os gases tóxicos provenientes da queima do combustível em material inofensivo.

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“Obrigatório para atender o programa que controla o nível de emissões veiculares, o Proconve, o catalisador é mais do que necessário”, afirma o engenheiro e membro da comissão técnica da SAE Brasil, Henrique Pereira. “A durabilidade é a mesma do veículo. Basta tomar alguns cuidados.”

Isso inclui manter o motor em dia, obedecendo os prazos de troca de filtros e óleo previstos no manual e prudência ao passar por lombadas – impactos na peça podem danificá-la.


Se os filtros perderem a eficácia, por exemplo, podem deixar passar impurezas para o catalisador. Nesse caso, o risco de dano é grande.

Como não é possível reparar o componente, em caso de defeito a única solução é a troca. O consumidor deve ficar atente para não levar peças falsas.

Além de causar danos ao meio ambiente, usar catalisador adulterado é infração grave. A pena inclui cinco pontos na CNH e multa de R$ 127,69.


“O componente deve ser homologado, ter o logotipo do Inmetro em relevo, inclusive na caixa, além do certificado de garantia”, diz o gerente comercial da fabricante de catalisadores Umicore, Claudio Furlan.

O preço do catalisador varia conforme o tipo de motor, modelo e ano de fabricação do carro. Para um Palio Fire 1.0 feito em 2010, a peça sai a R$ 1.725 na autorizada Fiat Amazon, na zona oeste (3674-1000).

Na SP Japan (2179-7030), concessionária Honda da zona sul, o catalisador para um Civic 1.8 de 2012 custa R$ 4.207.


Na Escap Sound (3742-9033), loja independente na zona oeste, os preços partem de R$ 350, para modelos 1.0 e R$ 400 para os 1.6 e de R$ 480 para os 2.0.Esses valores não incluem a instalação. É preciso acrescentar os preços da mão de obra.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.