Na guerra, arte que os japoneses dominam, as vezes é preciso dar um passo atrás para dar dois à frente. Essa é justamente a estratégia da Honda com o lançamento da nova geração da CB 250 Twister, vendida por R$ 13.050 sem ABS (R$ 14.550 com). Como modificar o projeto da CB 300R para se ajustar às novas normas de emissões de poluentes ficaria muito caro, foi melhor começar do zero um novo produto mais interessante e moderno.
Por mais que pareça um rebaixamento, a 250 Twister não deixa nada a desejar para a CB 300R. O novo modelo tem motor monocilíndrico de 249,5 cm3, que gera até 22,6 cv a 7.500 rpm e 2,24 mkgf com etanol. E como pesa 10 quilos a menos, com 137 kg no total, ela tem relação peso/potência de 6,06 kg/cv, enquanto a CB 300R tinha 5,54 kg/cv.
No uso, essa diferença é imperceptível e a nova Twister acelera bem, até porque tem um câmbio de seis marchas com as duas primeiras bem curtas, ideais para sair dos semáforos, e uma terceira que funciona como um “coringa”. É possível ficar nela a maior parte do tempo enquanto se está na moto, pois ela casa bem com o motor em velocidade média e segura o torque para retomadas.
A ciclística também está interessante. O novo chassi do tipo diamond, que usa o bloco do motor com parte estrutural, e tem dupla trave no berço, dá rigidez para o conjunto, que não vibra muito. Há uma outra novidade que ajuda muito no uso urbano que é a suspensão traseira monoamortecida com dupla mola, uma para buracos normais e outra para diminuir a oscilação em pistas com muito buracos em sequência. Ela realmente funciona como a Honda promete e dá muito conforto ao piloto. Freios a disco nas duas rodas, pneus radiais sem câmara Pirelli Diablo Rosso nas rodas de 17 polegadas e painel escuro que facilita a leitura diurna completam o pacote da moto.
Se no motor houve uma ligeira perda, no porte e visual ela ganhou muito e ficou mais robusta que a 300R. A carenagem lateral é mais encorpada e a do farol é mais moderna. Já a rabeta mais fina dá sensação de esportividade. Falta um grafismo mais elaborado (nela há só o nome da moto adesivado), mas a luz de freio de LED e as alças de alumínio para o garupa dão um charme.
Mas mesmo com todas essas interessantes mudanças, a Honda esqueceu (ou deixou para depois) algo que o nome Twister carrega como uma de suas características, que é a pintura amarela que fez muito sucesso na primeira geração da motoca. Nesta, só há as variações preta, vermelha ou branca.
Confira a galeria abaixo: