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Sentra tem barulhos na suspensão
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Sentra tem barulhos na suspensão

Leitor conta que, por causa do problema recorrente do Nissan, está tendo até problemas com a noiva

07 de out, 2015 · 7 minutos de leitura.

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 Sentra tem barulhos na suspensão
NISSAN SENTRA
Barulhos na suspensão

Desde o primeiro mês de uso do meu Sentra, notei barulhos na suspensão, como se as peças estivessem soltas. Levei o carro à autorizada e foi feita a troca dos quatro amortecedores, que estariam danificados, segundo disseram. Mas essa providência só eliminou os ruídos por uma semana. Voltei à concessionária, tive de alugar um carro por dois dias e, quando o meu veículo foi devolvido, estava do mesmo jeito. Oito meses se passaram e ninguém tem uma solução para o caso. Enquanto isso, meu Sentra anda como um carro velho, minha vida está em risco e estou tendo problemas até com minha noiva.
Washington Meneses Lobo, CAPITAL

Nissan responde: já efetuamos a troca das peças necessárias.

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O leitor diz que, após a queixa, o carro passou por novos reparos, mas o problema voltou. Ele conta que o defeito é recorrente e, a cada dois meses, é obrigado a voltar à oficina, perdendo o dia de trabalho e tendo novos gastos com transporte.

Advogado: nos casos em que mesmo após reparos o defeito reaparece, o cliente passa a ter direito à troca do carro. O consumidor não deve ser submetido a eternas idas e vindas à oficina. Além disso, os prejuízos causados pelas frequentes imobilizações do veículo devem ser ressarcidos pela montadora.

HONDA FIT
Consumo acima do divulgado


Tenho um Fit 2015 com câmbio automático. Abasteço em posto de marca renomada, calibro os pneus semanalmente, não tenho “peso morto” no porta-malas e dirijo sem forçar o motor ou frear bruscamente. Rodando pela capital paulista, fiz várias medições de consumo com o computador de bordo do veículo e obtive média de 6,5 km/l com etanol e 9,5 km/l com gasolina. Sugiro que a Honda divulgue dados realistas para o trânsito de São Paulo, considerando que a cidade tem a maior frota do País. E que essas medições sejam feitas por motoristas comuns, não por profissionais, e ao nível do mar.
Celso Heladio Ortiz, CAPITAL

Honda responde: o consumo de combustível pode variar de acordo com diferentes fatores externos, como o estilo de condução, a carga, a pressão dos pneus, a topografia do terreno, condições climáticas e de trânsito e a qualidade do combustível. Pedimos que o cliente encaminhe o veículo para avaliação na concessionária, com nosso acompanhamento direto.

O leitor conta que levou o carro à concessionária, onde alegaram que os valores indicados pelo computador de bordo são normais. Ele afirma que os resultados não são condizentes com o consumo do modelo verificado pela ABNT, tido como excelente, e se diz insatisfeito como consumidor, pois o consumo de seu carro é muito mais alto que o divulgado.


Advogado: a montadora deve divulgar valores adequados à utilização do carro em condições normais, sob o risco de incorrer em propaganda enganosa. E, diante da queixa do leitor, deve fornecer prova técnica de que o consumo de seu veículo está de fato dentro dos parâmetros normais.

CHEVROLET SPIN
Recall frustrado por falta de peças

Tenho uma Spin 2013. Recebi no mês passado uma convocação da GM para substituição da porca de fixação da bomba de combustível ou, se necessário, do tanque. Não consegui agendar o serviço na concessionária Mocovel porque, segundo os funcionários da empresa, as peças necessárias não estão disponíveis no estoque.
Mariza Natali Salgado Oliveira, MONTE SANTO DE MINAS (MG)


Chevrolet responde: o veículo, após reparos, foi entregue em condições normais de uso.

A leitora diz que o problema foi resolvido logo após o envio da queixa ao jornal.

Advogado: a montadora tem o dever legal de manter peças de reposição à disposição dos clientes e, por isso, deve realizar o conserto no prazo máximo de 30 dias. Se o defeito objeto do recall provocar algum acidente, a empresa poderá ser responsabilizada.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”