Meu Duster apresenta vários defeitos. Primeiro foi um vazamento de óleo do motor, solucionado com a troca do cabeçote. Ao receber o carro de volta, havia fios expostos e o cabeçote estava sujo de cola e óleo. Após reclamar à oficina, fizeram uma limpeza, mas não fixaram os cabos fora dos conduítes. Agora notei que há pontos de ferrugem no bloco do motor e que a tubulação do ar-condicionado está corroída. Pedi a troca do veículo, mas a Renault não aceitou.
Ronaldo Ferreira Campos, MAIRIPORÃ (SP)
Renault responde: o veículo foi reparado e entregue ao cliente em perfeitas condições.
O leitor diz que ficou insatisfeito com os reparos. Ele avalia que a troca prematura do cabeçote provocou a desvalorização do veículo. Por isso, ajuizou ação contra a montadora e a concessionária, requerendo a devolução dos valores pagos.
Advogado: se os reparos realizados no carro foram incompletos ou causaram sua desvalorização, como alegado, o leitor está certo ao exigir na Justiça a devolução do que pagou ou a troca do veículo.
Outros casos da coluna Defenda-se desta semana
CHEVROLET ONIX
Sem carona para sair da autorizada
Comprei um Onix novo com câmbio automático e, no dia seguinte à retirada, notei que havia um risco na porta traseira. Voltei à concessionária, onde tentariam corrigir essa avaria, mas o vendedor disse que o risco era uma diferença na aplicação do verniz e que eu teria de acionar a garantia. Feito isso, levei o veículo na data combinada e, ao saber que o conserto levaria dois dias para ser feito, pedi um carro reserva ou táxi para me levar da loja, na Vila Guilherme, zona norte da capital, até minha casa, na vizinha Osasco. Mas meu pedido foi negado. Comprei esse carro pois tenho um problema na coluna e sinto muita dor. Não é justo que eu tenha de pegar ônibus, trem e metrô nessas condições ou arque sozinha com as despesas de táxi. Acionei o serviço Chevrolet Road Service, mas o atendente disse que o veículo reserva só é oferecido quando o carro do consumidor ficar mais de três dias imobilizado, e que no meu caso esse “favor” teria de ser concedido pelo próprio vendedor. Mas o vendedor não liberou nenhum desses benefícios. Foi o último carro que comprei da Chevrolet.
Carla Anne Souza Tavares, OSASCO (SP)
Chevrolet responde: os esclarecimentos cabíveis foram transmitidos à cliente.
A leitora diz que deixou o carro na concessionária e teve de acionar sua seguradora para conseguir transporte para sair de lá. Ela conta que ficou a pé durante os dois dias necessários para o reparo e reafirmou que pretende abandonar a marca.
Advogado: a concessionária não poderia ter entregue à cliente um produto com a pintura riscada, o que descaracteriza o estado de novo. Por causa desse defeito de origem de sua responsabilidade, a empresa tem o dever de garantir a locomoção da cliente, arcando com suas despesas com transporte até a conclusão dos reparos.
NISSAN VERSA
Entrega demorada do carro zero-km
Comprei um Versa zero-km, pelo qual paguei à vista. A entrega estava prevista para após uma semana, mas aí começou a novela. Disseram que o carro havia sido batido na descida do caminhão cegonha e até hoje, quatro meses depois, não o recebi. Gostaria de contar com a ajuda de vocês para resolver esse caso.
Jerson Ricardo Mertens, CAPITAL
Nissan responde: a Nissan já solucionou o inconveniente relatado pelo cliente.
O leitor diz que recebeu um veículo novo no lugar do que foi danificado, dois dias após mandar a queixa ao jornal. E submeteu o veículo que recebeu a uma avaliação, para ter certeza de que não havia nenhum defeito.
Advogado: se a própria montadora ou mesmo a autorizada danificar o carro antes da entrega, não resta dúvida de que outro exemplar idêntico deve ser entregue ao comprador, que não foi o causador do problema, como de fato ocorreu.
Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com