Minha esposa é portadora de necessidades especiais. Dois meses atrás, procurei a autorizada Honda Forte para fazer a compra de um City EXL. O vendedor disse que não seria possível fazer a venda com isenção de impostos, pois o modelo teria aumento de preço e sua tabela excederia o limite de R$ 70 mil. Estranhei e vi que, nos meses seguintes, o carro continuava aparecendo com o mesmo preço no jornal. Mas acabei levando a versão EX, inferior. O problema é que a entrega foi prometida para dali a 45 dias, que viraram 60. E, quando liguei cobrando uma resposta, disseram que a Honda teve problemas na produção. Está faltando organização japonesa à marca. Este será meu primeiro Honda e já estou decepcionado.
Jaime Valério Ferreira,Osasco (SP)
Honda responde: o veículo foi faturado e a entrega ao cliente está sendo programada diretamente pela concessionária.
O leitor diz que a entrega do carro demorou quase três meses e só saiu depois que ele notificou a montadora, dizendo que cancelaria a compra. Durante o período, ele foi obrigado a usar táxis para levar a esposa para seu tratamento médico.
Advogado: quando ocorre atraso na entrega do veículo, o comprador pode desfazer a compra ou exigir o reembolso das despesas com locomoção, sobretudo em casos mais sensíveis, que envolvem necessidades especiais. Outros prejuízos causados pelo atraso também devem ser reparados, se comprovados.
BMW 320i
Descolamento do tapete
Há pouco mais de seis meses, comprei um BMW 320i nacional. O velcro que fixava o tapete do motorista no assoalho se soltou, devido ao uso de cola de má qualidade. Reclamei à concessionária, que providenciou a substituição por um tapete com o velcro galvanizado. Algum tempo depois, percebi o mesmo problema no carpete do passageiro. Mas, dessa vez, a troca da peça foi negada, sob a alegação de que o produto não está coberto pela garantia. Ora, o termo de garantia não contém nenhuma cláusula expressando essa exclusão. Além disso, pelo padrão de qualidade da BMW, esse caso deveria ser avaliado com maior atenção. Fiquei insatisfeito com a resposta e com o atendimento pós-venda da marca.
Julio Shiguehiro Koga, São Paulo (SP)
BMW responde: reavaliamos o caso e concedemos o carpete em questão como cortesia, para atender à necessidade do cliente e resolver a questão.
O leitor confirma a informação da montadora.
Advogado: não se trata de substituição do componente “em cortesia”, mas sim do cumprimento da lei do consumidor, que exige a qualidade do produto e também de sua instalação, sob pena de a empresa ter de realizar os reparos necessários.
CITROËN C4
Carro paradopor falta de peças
Quando meu C4 tinha 26 mil km, a luz espia de avaria no sistema ABS acendeu no painel. Na concessionária, constataram defeito nos sensores, mas não tinham previsão para chegada da peça de reposição. Continuei rodando com o veículo, à espera de um contato da autorizada, que não ocorreu. Deixei o carro para a revisão de 30 mil km, queixando-me de barulho na suspensão dianteira. Uma semana depois, o veículo ainda não tinha recebido os devidos reparos. Reclamei e ouvi a resposta de que a montadora havia enviado à oficina apenas um dos sensores de ABS. Enquanto não fornecem as peças necessárias, tenho de andar a pé. A Citroën investe muito em propaganda na mídia, mas seus clientes só vão descobrir as falhas da marca quando dependerem dela para receber o veículo de volta, consertado.
Danny Arendt, São Paulo (SP)
Citroën responde: as peças foram substituídas e o veículo foi entregue ao cliente.O leitor confirma a informação da montadora. Ele conta que o reparo foi feito logo após o envio da queixa ao jornal.
Advogado: todos os reparos devem ser realizados ematé 30 dias. A falta de componentes não isenta a montadora de cumprir o prazo legal, já que é seu dever manter o mercado abastecido com peças de reposição.
Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com
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