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Leitor reclama da falta de peças da Volks
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Leitor reclama da falta de peças da Volks

Montadora não tinha vidro traseiro da Jetta Variant em estoque; ele se viu obrigado a procurar a peça por conta

27 de jan, 2016 · 8 minutos de leitura.

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 Leitor reclama da falta de peças da Volks
Leitor teve que conseguir vidro traseiro de Jetta por conta própriaComo o vidro traseiro da minha perua Jetta se partiu, solicitei o reparo à minha seguradora, que prometeu obter a peça em até sete dias. A Porto Seguro fez o pedido à autorizada Caraigá, que, por sua vez, não tinha o componente no estoque e o solicitou à montadora. Já se passaram 27 dias, mas nenhuma das três empresas tem previsão de entrega. Há uma semana contatei a central de atendimento da VW e prometeram dar um retorno, mas ninguém ligou. Estou indignado com o descaso, fora o transtorno de ficar a pé.

Alexandre Vaz Guimarães, São Paulo

VW responde: prestamos os esclarecimentos ao cliente.

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O leitor diz que teve de obter o vidro por conta própria, fora da rede VW, e a seguradora autorizou o reparo. Ele ficou insatisfeito com a marca, que nada fez para resolver seu problema.

Advogado: se houver falta de peças nas concessionárias e o reparo for coberto pela seguradora, será dela a responsabilidade de providenciar uma solução para o cliente. Nesse caso, instalar o item fora das autorizadas não poderá acarretar a punição do consumidor, como a perda da garantia do veículo, por exemplo.

Kia Cerato
Barulhos na coluna de direção


Meu Cerato começou a apresentar um “toc toc” ao rodar. Na concessionária, identificaram dano na coluna de direção. Disseram que a chegada da peça de reposição ao Brasil levaria um mês e que, até lá, não haveria problema em eu continuar dirigindo o carro. Após a substituição do componente, o ruído reapareceu. Na revisão de dois anos, a coluna de direção foi substituída mais uma vez, mas o barulho voltou, e na inspeção seguinte foi feita nova troca, também sem efeito prático. Creio que trata-se de defeito crônico do meu carro e estão empurrando com a barriga a solução até que a garantia expire. Levei o problema ao conhecimento da Kia durante a cobertura de fábrica e não quero ser obrigada a arcar no futuro com o ônus de um vício de fábrica.

Maria Angela Pasquarelli Garcia, São Paulo

Kia responde: na revisão dos 50 mil km, apresentamos orçamento para a troca dos pneus dianteiros, bieletas e buchas da barra estabilizadora e pastilhas dos freios, todos itens de desgaste normal pelo uso. Mas a leitora não autorizou os serviços.


A leitora argumenta que o defeito foi diagnosticado pela própria Kia quando o carro tinha menos de 10 mil km e que ela fez todas as revisões recomendadas a cada 10 mil km.

Advogado: o desgaste natural isenta a montadora da obrigação de trocar os componentes, sem ônus, desde que essa circunstância seja devidamente comprovada. Mas, se o defeito na barra de direção ocorreu e foi constatado ainda durante a garantia, como diz a consumidora, o reparo sem ônus é direito dela.

Citroën C4 Lounge
Conclusão do reparo atrasado


Quando deixei meu C4 Lounge na Francecar para reparo de funilaria, disseram que as peças necessárias já estavam disponíveis e o carro seria devolvido em até dez dias úteis. Mas o atraso na entrega já chega a 12 dias e o motivo alegado é a falta do silencioso do escapamento. Não sei quando chegará a peça que falta, nem quando terei meu carro de volta, e a empresa não se sensibiliza com os transtornos causados por esse atraso. Tenho de rodar com um veículo emprestado em mau estado e não pude viajar para o litoral, onde moram meus pais, para resolver assuntos familiares importantes. Estou furioso com a falta de respeito da autorizada.

João Roberto Caramuru, São Paulo

Citroën responde: a peça já foi instalada e o veículo, devolvido.


O leitor diz que ficou sem o veículo por 44 dias. Nos últimos dias, ofereceram-lhe um carro reserva, mas mediante cheque-caução à locadora, o que ele não aceitou. Ele apresentou um pedido de indenização por dano moral contra a concessionária e a montadora.

Advogado: a falta de peça é falha grave da montadora, que está obrigada por lei a manter o mercado abastecido. Em decorrência disso, a empresa fica obrigada a reparar os danos materiais e morais que o atraso na conclusão do reparo causou ao consumidor.

Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”