Inspirada em modelos dos anos 50, quando cromados e faixas brancas nos pneus ditavam o conceito de luxo nos veículos, a Softail Deluxe, moto mais retrô da Harley-Davidson, mantém essa aura nos dias atuais, mas com toques de modernidade. Montada em Manaus, tem tabela a partir de R$ 69.990 e traz, como novidade, o motor V2 de 1.690 cm³ no lugar do antigo 1.585 cm³. Além disso, controle de velocidade de cruzeiro passou a ser item de série.
A profusão de cromados por todas as partes, as setas com lentes de cor amarela e as linhas conservadoras garantem o ar retrô à Softail Deluxe. Entre os destaques do desenho, há os faróis auxiliares, que também aprimoram a segurança, ao melhorar a iluminação para pilotar à noite.
O novo motor, além da maior capacidade cúbica, teve também aumento de torque, que passou de 12,1 mkgf para 13,8 mkgf. A potência não é divulgada pela Harley.
Na prática, essa melhora permite ultrapassagens e retomadas mais fáceis, sem abrir mão do trabalho suave. Isso porque há uso de balanceiros, que reduzem a vibração do propulsor bicilíndrico em V.
O câmbio de seis marchas foi mantido. A caixa tem engates duros e barulhentos e continua sendo difícil encontrar a posição “Neutro”.
A moto é fácil de guiar, apesar de pesar 330 kg. Como são apenas 11,3 cm de distância do solo, mesmo pilotos mais baixos não terão dificuldade para apoiar os pés no chão.
Conforto.A boa ergonomia fica completa com o banco confortável e largo, o guidom na altura da cintura, e a fixação quase a 90° das plataformas para os pés. Já o assento pequeno do garupa torna complicada a vida de quem viaja como passageiro.
Com pneu mais fino na dianteira que na traseira, a Deluxe é fácil de manobrar e tem a frente leve e ágil. As suspensões com 13 cm de curso na dianteira e 8,6 cm na traseira ficam devendo em conforto, pois transmitem ao piloto qualquer imperfeição do piso. Os freios a disco simples, com 30 cm de diâmetro na frente e 29,2 cm atrás têm força suficiente para parar a moto sem dificuldades ou sustos.
A posição do painel e do marcador de combustível, fixados no tanque, prejudica a visualização, além de obrigar o piloto a tirar os olhos da pista.