O financiamento é um dos principais caminhos para quem quer comprar um veículo novo. Assim como vem ocorrendo com os emplacamentos, as vendas a prazo recuaram 26,1% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2015, mas, ainda assim, essa modalidade de pagamento é utilizada por seis de cada dez compradores, de acordo com dados da Associação das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
Segundo especialistas, em períodos de economia instável, como o atual, os juros sobem, pois estão associados ao risco maior de inadimplência. O mesmo ocorre com o valor da entrada nos planos de financiamento. “As instituições financeiras aumentam as taxas para compensar prováveis perdas”, confirma o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira.
Vice-presidente da Anef, Gilson Carvalho lembra que o consumidor deve planejar bem a compra para reduzir o risco de fazer um mau negócio. “É preciso verificar as condições e taxas. Há opções adequadas às necessidades de cada um”, diz.
A maioria das montadoras oferece opções de parcelamento por meio de bancos próprios ou parceiros. “Normalmente os bancos que atuam nas concessionárias são mais competitivos por causa de sua especialização no produto”, opina Carvalho. Mas vale comparar com as condições disponíveis na instituição em que o interessado tem conta corrente.
Opções de parcelamento. Há duas modalidades mais comuns de financiamento. No Crédito Direto ao Consumidor (CDC), uma instituição financeira é responsável por parcelar o pagamento. Já o leasing é uma operação de arrendamento em que o bem fica em nome da instituição financeira, sendo transferido ao comprador no fim do contrato.
Em 2015, o carro mais financiado do Brasil foi o Chevrolet Onix, de acordo com a empresa de soluções financeiras Cetip.