Assim que recebi meu Celer novo, notei que o volante vibrava e o carro puxava para a esquerda. Procurei a autorizada, mas, após duas tentativas de conserto, o defeito não foi corrigido. Recorri a outra concessionária, que finalmente constatou a causa do problema e solicitou à montadora a peça necessária em garantia. Mas o reparo sem ônus não foi autorizado, apesar dos apelos feitos por mim e pela autorizada.
Roberto Pereira Franco Fonseca, RIO DE JANEIRO (RJ)
Chery responde: o reparo do veículo será feito em garantia, dentro do prazo necessário para o envio da peça à autorizada no Rio de Janeiro, conforme já combinado com o cliente.
O leitor confirma as informações da montadora.
Advogado: o cliente pode chegar a um acordo com a montadora quanto ao prazo para o reparo. Mas esse acerto é mera opção do consumidor, que não é obrigado a se ver privado do uso do bem, por falta de peça, além do prazo legal de 30 dias. Manter componentes à disposição é obrigação da empresa.
Veja outros casos publicados nesta semana na coluna Defenda-se
HONDA HR-V
Carro ‘puxando’ para a direita
Com três meses de uso, a direção do meu HR-V começou a puxar para a direita. O problema foi aumentando até que passei a ter de segurar o volante firme para que o carro andasse em linha reta e não fizesse uma curva sozinho. Levei o veículo à H-Point e o recebi de volta no mesmo estado. Retornei à concessionária e, dois dias depois, quiseram devolvê-lo, dizendo que haviam feito tudo o que podiam e que não sabiam qual era a causa do defeito! Isso em um carro com 700 km rodados! A autorizada pediu que eu tratasse do caso diretamente com a Honda, que prometeu enviar um engenheiro para analisar o veículo. Fiquei sem carro por três dias fui obrigado a passar o Natal a pé e cancelar minha viagem de fim de ano, pois negaram-me um veículo reserva. E ainda disseram que eu podia viajar com o HR-V assim mesmo!
Ângelo Luiz Mancini Neto, CAPITAL
Honda responde: o caso está sendo solucionado com o cliente.
O leitor diz que recebeu o carro reparado depois de um mês. Ele conta que, após a queixa ao jornal, a montadora lhe ofereceu um carro reserva sem seguro, o que ele não aceitou.
Advogado: um carro novo que, desde o início, e com menos de mil km de uso, já apresenta defeito tão grave, que põe em risco a segurança do consumidor, deve ser trocado de imediato, não sendo o caso de aplicar a regra do conserto em até 30 dias. No caso em exame, as tentativas fracassadas de reparo, com o veículo devolvido no mesmo estado, só reforçam essa conclusão.
FORD FIESTA
Trepidação no câmbio
O conjunto de embreagens do câmbio automatizado do meu Fiesta 2014 já foi trocado duas vezes, em janeiro e julho de 2015. Na segunda vez, o carro voltou a apresentar o mesmo defeito, uma forte trepidação na transmissão, apenas um mês após a substituição dos componentes. Voltei à concessionária e o gerente diagnosticou a necessidade de troca da embreagem pela terceira vez. Como assim? Trocar a embreagem pela terceira vez? Como posso acreditar que, na terceira troca, o problema será resolvido, se as peças novas voltam a apresentar o mesmo defeito? Por que o câmbio Powershift é tão ruim? Cheguei a abrir reclamação no Procon, mas o preposto da Ford não apresentou nenhuma proposta de acordo. Depois disso, postei uma carta registrada à montadora solicitando que entrassem em contato comigo, mas fui ignorada.
Sandra T. Horta Rolim, CAPITAL
Ford responde: a questão foi solucionada.
A leitora confirma que o carro foi finalmente reparado.
Advogado: quando o defeito reaparece após o reparo, o consumidor pode exigir a troca do produto. A oportunidade de reparo dada pela lei à montadora pressupõe a execução de conserto definitivo e de qualidade, em lugar de serviço malfeito, que permita o ressurgimento do problema.
Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome completo, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com