A Honda lança no Brasil versões renovadas das motocicletas de sua linha de 500 cm³. Composta por 500F, CBR 500R e 500X, a gama ganhou melhorias, mas ficou mais cara. A “F” agora parte de R$ 26 mil e chega a R$ 28 mil com freios ABS. A “R” sai por R$ 29 mil e a “X”, por R$ 29.900 (essas vêm de série com a assistência à frenagem).
Apesar de serem da mesma família, essas motos são bem diferentes entre si. A 500 F é uma naked com bom desempenho, ideal para rodar na cidade – por ser mais leve e estreita para passar entre os carros. A 500 R, por sua vez, tem um estilo bem esportivo, ideal para acelerar forte em circuitos fechados. Já a 500 X é focada no conforto, com bancos de dois níveis e suspensão alta. É ideal para quem gosta de viajar.
O motor das três foi mantido. Trata-se de um bicilíndrico que gera 50,4 cv a 8.500 rpm e 4,5 mkgf a 7 mil rpm. O câmbio, de seis marchas, também não mudou. De novo há o filtro de carvão ativo, que suga os gases suspensos no tanque e devolve para a admissão do propulsor. Isso para atender ao novo Promot 4, que regulamenta as emissões de poluentes do País.
A maior parte das novidades está no visual. A “F” agora tem um estilo mais streetfighter, com carenagem robusta, alça do garupa embutida, farol e lanterna de LEDS, rabeta mais fina, novo escape e tanque maior – a capacidade subiu de 15,7 para 16,7 litros.
A “R” recebeu as mesmas mudanças da “F” e ganhou opção de pintura preta e laranja desenvolvida no Brasil e que agora será exportada para a Europa. Na “X”, as atualizações são discretas. O para-brisa é novo e ficou 5 cm maior. Há também uma máscara cor prata no farol de LEDs. O tanque passou de 17,3 para 17,7 litros.
Na pista, o comportamento das três motos é parecido – e isso é bom. A “F” é leve e o piloto fica bem encaixado no banco e com os joelhos no tanque. Dócil, mas com bom torque em baixa rotação, é ágil. A suspensão segura bem o modelo em curvas fechadas.
Apesar do visual esportivo, na hora de acelerar a “R” é bem mais confortável que a maioria das carenadas do mercado. O guidom não é muito baixo e as pedaleiras ficam um pouco recuadas. Com isso, o piloto guia sentado.
O comportamento da “X”, por sua vez, é diferente do de suas “irmãs”. Trata-se daquele tipo de Honda com o qual o piloto se identifica logo no primeiro contato. Ela até inclina em curvas, mas bem menos que as outras variantes da linha (a culpa é do centro de gravidade alto).
Em contrapartida, supera as imperfeições do piso com maestria. A suspensão dianteira é um pouco mais mole do que deveria, mas, como tem vários ajustes, permite que o piloto encontre o parâmetro que considere mais próximo do ideal. O assento é confortável e as posição dos pedais ajuda a reduzir o cansaço em viagens.
Apesar das diferenças entre elas, em termos de respostas as três seguem o mesmo padrão. A primeira e segunda marchas são bem curtas e garantem boa aceleração. Já a terceira funciona como curinga e pode ser utilizada na cidade quase o tempo todo. A quarta é um pouco mais longa – para que o motor atinja a rotação próxima da casa das 6 mil rpm. Aos 7 mil giros, em quinta, essas motos chegam ao pico máximo, com a sexta funcionando como uma espécie de “overdrive”.