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Yamaha NMax 160 enfrenta o Honda PCX 150 em duelo de scooters
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Yamaha NMax 160 enfrenta o Honda PCX 150 em duelo de scooters

O Yamaha NMax 160, que chegou em abril, encara o Honda PCX 150, na briga de scooters compactos

31 de ago, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Yamaha NMax 160 enfrenta o Honda PCX 150 em duelo de scooters
Yamaha NMax 160, que custa R$ 11.390, enfrenta o Honda PCX 150, que sai por R$ 10.814
Em 2015, o segmento de scooters representou apenas 3% do mercado de motos, mas a praticidade, estilo moderno e descolado e facilidade de pilotagem desses modelos vêm angariando adeptos nos grandes centros – para uso como veículo diário. Por isso, surgem novos nomes na categoria, como o Yamaha NMax 160, lançado em abril.

Por R$ 11.390, o novato encarou e derrotou, neste comparativo, o líder de vendas do segmento, Honda PCX 150. Na versão avaliada, DLX, ele tem preço inicial de R$ 10.814 – que pode chegar a R$ 11.234 com rodas douradas e pintura branca metálica. O Yamaha se deu bem por oferecer um conjunto mais ágil e moderno, além de ter pitada extra de qualidade no acabamento e cesta de peças mais em conta (confira no quadro).

O valor do seguro não foi considerado neste comparativo, pois não foram encontradas cotações para o NMax.

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Os dois scooters saem de fábrica com faróis e lanternas de LEDs. Também está disponível nos dois espaço de 25 litros sob o banco – dá para transportar um capacete ou uma mochila, por exemplo.

O NMax oferece freios a disco com ABS. Já o PCX tem freio a tambor atrás e apenas frenagem combinada (CBS). Em compensação, só o Honda traz start/stop.

Em um veículo de baixo consumo, vale mais a segurança do ABS do NMax. O Yamaha, porém, tem tanque de 6,6 litros, ante os 8 l do PCX.


No quesito ergonomia, o NMax atende melhor pilotos mais altos, já que em curvas ou manobras em baixa velocidade o guidom mais elevado não bate nos joelhos. Com as pernas a 90°, a posição dos pés é boa em ambos, mas esticados ficam melhor no Honda.

Apesar da reestilização do PCX, o NMax tem visual mais moderno e bem acabado, já que não traz peças à mostra, como a mesa do guidom, coberta por uma proteção plástica de qualidade.

Agilidade. No conjunto mecânico, NMax e PCX têm números próximos. O Yamaha traz motor monocilíndrico de 155,09 cm3, que gera 15,1 cv a 8.000 rpm e 1,46 mkgf a 6.000 rpm. O Honda, por sua vez, vem com um 149,3 cm3, que entrega 13,1 cv a 8.500 rpm e 1,36 mkgf a 5.000 rpm.


Contudo, o NMax mostra desenvoltura muito maior em acelerações, retomadas e agilidade em responder aos comandos do acelerador. Além de um ajuste melhor no câmbio automático CVT, esse comportamento esperto deve ser atribuído também ao motor mais moderno, que oferece comando variável de válvulas na admissão.

A suspensão de ambos é do tipo convencional na frente e com duplo amortecedor atrás, com ajuste de pré-carga. Porém, em vias com buracos e pavimentação ruim, o NMax se saiu melhor que o PCX – mesmo com a recalibragem que a Honda fez nos amortecedores.

O Yamaha transfere menos para a lombar do piloto os impactos com o piso e tem um curso maior atrás – de 90 mm, ante os 85 mm do rival. Ajudam também a neutralizar os impactos o tamanho dos pneus, que na NMax têm perfil mais alto – 48 na frente e 63 na traseira, contra 46 e 57 dos componentes usados pelo scooter Honda.


No Yamaha, os freios são a disco, simples nas duas rodas, com funcionamento progressivo. Já no PCX, apenas o dianteiro é a disco e ele traz só o sistema combinado, que sempre aciona os sistemas da frente e de trás juntos, independentemente do manete acionado.

Opinião. Honda e Yamaha detêm juntas mais de 90% do mercado de motos do Brasil e querem brigar pelos novos motociclistas que ingressam no segmento de duas rodas pelos scooters. Entre janeiro e julho, o PCX vendeu 13.269 unidades, enquanto o NMax, desde abril, teve 3.596 emplacamentos. As médias são de 1.895 e 1.198 por mês, respectivamente.

Mesmo com esse sucesso, Honda e Yamaha pecam no pós-venda. Para tentar a liderança, a fabricante do NMax precisa aumentar sua rede de concessionárias e aprimorar o atendimento, que deixa muito a desejar.


Já a Honda, para manter o primeiro lugar do PCX, terá de rever sua política de preços de peças, sempre altos demais. Isso porque o rival, além de ser melhor, tem também componentes mais baratos.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”