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Avaliamos a Harley-Davidson da polícia
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Avaliamos a Harley-Davidson da polícia

Ao subir na Harley-Davidson Electra Glide Police, a sensação de poder é imediata. E não apenas pelo fato de o modelo ser produzido para a polícia. Impressiona o motor de 1.690 cm3, que gera cerca de 80 cv e nada menos que 13,9 mkgf de torque

29 de jan, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Avaliamos a Harley-Davidson da polícia

GUILHERME WALTENBERG

Ao subir na Harley-Davidson Electra Glide Police, a sensação de poder é imediata. E não apenas pelo fato de o modelo ser produzido exclusivamente para a polícia. Impressiona também o motor de 1.690 cm3, que gera cerca de 80 cv e nada menos que 13,9 mkgf de torque a 3.500 rpm.

Com toda essa força em baixa rotação, seus 360 quilos passam despercebidos – são lembrados apenas ao parar em semáforos e na hora de estacionar. Nesses casos é preciso atenção, sob pena de o condutor perder o equilíbrio e cair da motocicleta.

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Como não é vendida ao consumidor final, a Electra Glide Police não tem preço sugerido. A Harley informa que o valor depende da licitação pública.

Voltando à moto, ela tem carenagem montada sobre o garfo. Há três alforjes adaptados para carregar inclusive armas, com travas especiais que podem ser abertas até mesmo com a moto em movimento.

Sem forçar o motor, essa Harley alcança 80 km/h em primeira marcha. Sua velocidade máxima, de acordo com a fabricante, é de 180 km/h.


O que mais chama a atenção é a estabilidade. A sensação é que a moto está grudada no pavimento – um convite a acelerar. O comportamento em curvas é bom acima dos 70 km/h. Abaixo dessa velocidade é preciso abrir o traçado. Nas retomadas, raramente é necessário reduzir marchas.

Ao contrário de boa parte das motos da marca, essa patrulheira tem painel de instrumentos com velocímetro, tacômetro, indicador do nível de gasolina e voltímetro. Nas outras Harley, o mostrador de velocidade fica sobre o tanque. A Electra Glide Police conta com sirene e Giroflex integrados.

Rodando, o modelo desperta olhares por onde passa. O ruído do motor não se assemelha ao tradicional ronco da marca. Virtude (ou culpa) do escapamento duplo com silenciadores chanfrados. O assento é individual e tem ajustes a ar, que permitem regular a altura livre do solo.


A Harley-Davidson produz motocicletas especiais para a polícia desde 1908. Atualmente, mais de 45 países adotam esse modelo. Segundo informações da marca norte-americana, no Brasil há mais de mil Electra Guide em condições de uso.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.