GUILHERME WALTENBERG
Resistência e redução de peso do casco, conforto e ventilação interna serão prioritários no desenvolvimento dos capacetes. Três das maiores fabricantes do produto no País apontaram esses fatores como focos de seus investimentos nos próximos anos. A evolução nesses aspectos será notada, a princípio, nos produtos topo de linha.
Um dos modelos que promete agregar bem esses três fatores é o Cyber, da Bieffe. Ele será feito aqui a partir de 2013 pela Strarplast, que representa também a Peels e a Fly. O diferencial do produto é o casco de fibra de carbono. Por causa do material, ele é “mais leve e resistente”, de acordo com a diretora de planejamento Denise Capece. Assim, oferece conforto sem comprometer a segurança.
O Cyber traz viseiras duplas e grandes entradas de ar (confira a foto de abertura). O primeiro componente melhora a ergonomia, pois funciona como se fosse óculos escuro.
O aumento da abertura na parte de cima é para o ar circular melhor dentro do capacete, evitando que a viseira fique embaçada. A Taurus, que também aposta nos três fatores prioritários do segmento, embasou-se em pesquisa da Universidade de Ciências Médicas de Hannover, na Alemanha, para trabalhar a resistência do casco de seus produtos.
Segundo o gerente de vendas Gianfranco Milani, houve reforço extra nos pontos com maior incidência de impactos apontados pela pesquisa.
A LS2 foca na redução do peso. Segundo o gerente de produto Maurício Santana, o peso médio atual, de 1,3 kg, deve baixar.
Para o ex-piloto de motovelocidade Alex Barros, conforto é essencial. “O capacete não pode fazer barulho e tem de travar bem”, afirma ele.
Segundo o Inmetro, que realiza avaliações de segurança e qualidade nos produtos, os capacetes oferecidos no Brasil atualmente atendem bem aos requisitos que garantem a segurança do motociclista.