Rafaela Borges
Nos principais países latino-americanos, um em cada cinco carros roda com pressão baixa em pelo menos um dos pneus. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Bridgestone com motoristas de sete países. Segundo informações da fabricante, isso aumenta o consumo de combustível, compromete a segurança e desgasta precocemente o componente.
A apuração foi feita em novembro e envolve 8.984 carros no Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, México, Uruguai e Venezuela. O resultado mostrou que 20% dos motoristas rodam com a pressão 38% (ou 7 psi) abaixo do recomendado pela fabricante do veículo.
Além disso, 14% dos modelos – verificados em centros automotivos e estacionamentos de shoppings, por exemplo – tinham pressão 9 psi inferior à determinada pelas montadoras. Nesse caso, há risco para a segurança, pois a dirigibilidade fica comprometida, de acordo com a Bridgestone.
A conclusão da pesquisa é que por causa da pressão baixa dos pneus, nesses países são desperdiçados por ano 264 milhões de litros de combustível, ou cerca de R$ 220 milhões.
Do total de verificações, 1.500 foram feitas no Brasil. Segundo o gerente de Engenharia da Bridgestone, José Carlos Quadrelli, os resultados do levantamento aqui ficaram na média da América Latina.
O combustível desperdiçado no País por causa da baixa pressão dos pneus é de cerca de 64 milhões de litros por ano (ou aproximadamente R$ 58 milhões).
Consequências
Quadrelli explica que a pressão baixa aumenta a resistência ao rolamento e, consequentemente, o consumo de combustível. Isso faz com que as emissões de poluentes também sejam maiores.
O executivo diz que a pesquisa também averiguou casos de pressão acima do recomendado, embora não tenha o porcentual dessas ocorrências. “Rodar com mais pressão nos pneus é menos prejudicial do que deixá-la baixa, mas pode reduzir sua durabilidade.”
A recomendação das fabricantes é calibrar os pneus a cada 15 dias e verificar como está a pressão sempre que o motorista parar no posto para reabastecer o carro. A pesquisa está em sua segunda edição na América Latina.