Viviane Biondo
Pedal de freio com curso muito longo, passando a sensação de insegurança quando acionado, é um dos sinais de que há algo errado com o fluido do sistema. Outro sintoma, mais evidente, é a luz do freio acesa no painel. Nesses casos, mesmo que pastilhas e discos tenham sido trocados recentemente, é hora de levar o carro ao mecânico para evitar riscos com a segurança.
O fluido circula pela tubulação do sistema de freios como um lubrificante, protegendo as peças. Por absorver a umidade do ar, ele tem de ser trocado uma vez por ano, em média. Caso contrário, pode provocar corrosão de peças metálicas. Outro defeito relativamente comum é o vazamento do fluido, provocado pela ruptura dos flexíveis de freio, popularmente conhecidos como mangueiras. Feitos de borracha, os componentes se desgastam com o tempo ou podem se romper em casos de impactos perto das rodas.
“Se isso ocorrer há risco de o carro não responder à frenagem”, alerta o professor de Engenharia da FEI Ricardo Bock. “Nesse caso, o mecânico realiza a ‘sangria’ de modo a remover bolhas de ar do fluido”, diz o analista do Centro Estudos Automotivos (Cesvi Brasil) Gerson Burin. “O ideal é verificar o nível do reservatório semanalmente e checar a contaminação por água todo ano”, diz o dono da oficina Peghasus (0xx11 2231-1929), no Imirim, zona norte, Silvio Cândido, que cobra a partir de R$ 50 para substituir o fluido.
Trocar os flexíveis de freio na San Marino (0xx11 2215-8431), no Cambuci, zona sul, parte de R$ 120. Caso o cilindro-mestre esteja danificado e tenha de ser substituído, os preços partem de R$ 280. “É preciso revisar todo o sistema e trocar o óleo. Esse serviço custa cerca de R$ 400”, afirma o proprietário da oficina, José Ciccone. As pastilhas têm preço a partir de R$ 70 e os discos de freio, de R$ 100. Ele cobra mais R$ 80 pela mão de obra.