Michel Escanhola
Responsável por deixar São Paulo em estado de alerta nas últimas duas semanas, a baixa umidade do ar também faz com que mais poeira se acumule na lataria do veículo. Por isso, está aumentando o movimento nos lava-rápidos da cidade. Mas antes de dar um banho no carro é preciso ficar atento a alguns detalhes. As lavagens a seco, por exemplo, têm como diferencial a economia de água. Mas as tradicionais ainda são as mais procuradas. “A questão são os produtos utilizados.
É fundamental que as empresas usem panos especiais, como flanelas de microfibra, e esponjas macias. Em ambos os casos, é preciso ter no mínimo duas unidades, uma para limpar as rodas e a outra, a lataria. Se fizer tudo com o mesmo pano ou esponja, certamente a carroceria será riscada”, diz o chefe de oficina do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Eduardo Fernandes.
O gerente da Dry Wash (3823-2979), no centro, Carlos Renato Tomaz, conta que na limpeza a seco são utilizados 300 ml de um produto que, segundo ele, dá brilho por uma semana. “Não existe coisa pior a fazer do que lavar o carro com rolos, pois risca a pintura inteira. As lavagens do tipo ‘neve’ também não são aconselháveis, porque não se sabe qual produto está sendo usado.” Na empresa, a lavagem simples custa R$ 32 para carros pequenos, como um Fiat Palio, por exemplo.
Já o encarregado da Master Clean Car (5093-4353), no Brooklin, zona sul, Marcus Ferreira, explica que a limpeza completa, que inclui lavagem interna, externa, do chassi e do motor, custa R$ 150 para qualquer veículo. “Utilizamos xampu neutro, que é passado com uma pistola de alta pressão, e mantemos as esponjas sempre limpas.”
Fernandes, do Cesvi, avisa: “As lavagens com cera líquida são apenas um recurso para tomar dinheiro do cliente. O brilho extra nada mais é do que a ação de um silicone misturado ao xampu. Isso dura poucos dias e sai na primeira pancada de chuva. Se quiser encerar o veículo, compre a cera à parte e aplique. O resultado será muito melhor.”