BELISA FRANGIONE
Manias aparentemente inofensivas como dirigir com o pé apoiado no pedal de embreagem ou na “banguela” podem trazer sérias consequências não só ao carro, mas também ao motorista.
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“A pressão do pé que se apoia na embreagem aciona o sistema quando ele não é necessário”, diz o professor de engenharia mecânica da FEI Edson Esteves. Com isso, há desgaste prematuro dos componentes. Na Chevy (3875-7099), oficina na zona oeste, trocar o kit de platô, disco e rolamento parte de R$ 500.
“A ‘banguela’ (colocar a alavanca de câmbio em Neutro em descidas) além de não economizar combustível coloca a segurança dos ocupantes do veículo em risco”, diz Esteves. Essa prática compromete o poder de frenagem do carro.
Outra prática condenável é guiar com a mão apoiada na alavanca de câmbio. “Além de forçar a transmissão, o motorista não dirige da maneira correta, que é com as duas mãos no volante”, diz o técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) André Horta.
Diretor técnico do Sindirepa-SP, sindicato que reúne as reparadoras do Estado de São Paulo, César Samos lembra que outro vício comum é levar “pesos mortos” no porta-malas. Como exemplo ele cita caixas de ferramentas. “Algumas pessoas deixam no carro o que não conseguem guardar em casa. O peso extra exige mais de pneus e freios, além de aumentar o consumo de combustível.”
‘Bíblia’ – Segundo os especialistas, o primeiro passo para eliminar essas manias é ler o manual do proprietário. “No livreto constam dicas que permitem ampliar a durabilidade dos componentes”, diz o diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) Marcus Vinícius Aguiar.