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‘Dinossauros? de duas rodas
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‘Dinossauros? de duas rodas

Entre as motos, muitos dos modelos mais vendidos são veteranos do mercado. A começar pela Vespa, trazida desde meados dos anos 50, quando o sotaque italiano dominava o segmento de duas rodas no País. Em 70, foi a vez das japonesas dominarem

22 de mai, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 'Dinossauros? de duas rodas

MARCELO FENERICH

Entre as motos, muitos dos modelos mais vendidos são veteranos do mercado. A começar pela Vespa, trazida desde meados dos anos 50, quando o sotaque italiano dominava o segmento de duas rodas no País. À época, era impossível prever que ela se manteria por tanto tempo.

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O modelo foi batizado de Vespa por causa do ronco do motor dois-tempos, que parecia um zumbido. Seu desenho se manteve retrô, apesar de a parte mecânica ter evoluído bastante.

A partir dos anos 70, as japonesas passaram a dominar o mercado. Em 1976, foi lançada a Honda CG 125, maior sucesso de vendas da indústria motociclística brasileira, com mais de 6 milhões de unidades comercializadas. O modelo já está na sexta geração e conta inclusive com motores flexíveis.

Os novos “dinossauros” chegaram nos anos 1990. Com a fórmula do baixo custo, a partir de 1997 a Yamaha Crypton tinha a missão de aumentar as vendas da marca. Seu motor econômico de 105 cm3 somado à possibilidade de dirigir “sentado” (e não montado) adaptaram a motoneta ao trânsito urbano brasileiro.


No ano seguinte, a Honda lançou a Biz com uma fórmula parecida à da Yamaha. Já a Suzuki Hayabusa, produzida desde 1999, à época levava o título de a mais veloz do mundo (com seu motor de 180 cv). Desde então, a moto teve poucas mudanças no grafismo. Nada mais.

A YBR da Yamaha foi lançada em 2000 para brigar com a CG, impulsionada pela demanda por motos de baixa cilindrada.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”