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Avaliamos a Yamaha MT-09 Tracer
Avaliação

Avaliamos a Yamaha MT-09 Tracer

Por R$ 45.990, Yamaha MT-09 Tracer reúne esportividade e conforto

01 de mar, 2017 · 4 minutos de leitura.

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 Avaliamos a Yamaha MT-09 Tracer
Yamaha MT-09 Tracer tem farol com LEDs e suspensões vêm com ajustes de retorno e pré-carga
Novidade entre as motos, as crossovers, que misturam estilos e soluções de segmentos diferentes, estão se tornando a grande sensação do mercado. Entre os lançamentos dessa nova seara, a MT-09 Tracer combina a esportividade das naked (sem carenagem) com a posição confortável de guiar típica das big trail. Montada em Manaus, essa Yamaha sai por R$ 45.990.

Baseada na naked MT-09, a Tracer tem bancos mais largos, suspensões com maior curso e posição de guiar mais ereta. Para-brisa regulável e faróis com desenho exclusivo completam o pacote.

De série há freios a disco com ABS (que não pode ser desligado), luzes de LEDs de uso diurno, controle de tração, ajuste de guidom e três modos de condução, que não alteram a potência, mas as respostas do acelerador para deixar a moto mais mansa ou arisca.

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O painel de instrumentos grande tem duas telas digitais que facilitam a leitura dos dados exibidos. O para-brisa com duas posições ajuda a enfrentar o vento de proa por longos trechos, como em viagens.

Andando. A Tracer traz o mesmo três-cilindros da naked, de 846 cm3, que gera 115 cv e 8,9 mkgf. Versátil, esse motor oferece ampla entrega de torque desde rotações baixas, como nos bicilíndricos, mas “gosta” de girar alto, como os quatro-cilindros.

Em parte, isso é resultado da utilização de um virabrequim crossplane (cruzado), que faz os pistões trabalharem em um intervalo de 240°. Isso garante um funcionamento mais linear. Também contribui para as prontas respostas o câmbio de seis marchas, cujos engates são curtos e precisos.


As suspensões têm ajuste de pré-carga e retorno e filtram bem as imperfeições do piso. Firmes, também garantem estabilidade em curvas, que podem ser atacadas com facilidade graças às rodas de 17 polegadas. O ponto negativo é que, por causa do diâmetro grande, a capacidade para encarar o fora de estrada fica reduzida.

Os freios a disco, duplos na frente e simples atrás, dão conta da moto. Ainda assim, poderiam ser mais “sensíveis”.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”