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Toyota convoca mais de 500 mil carros por defeito em air bags
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Toyota convoca mais de 500 mil carros por defeito em air bags

Repetição de convocação envolve 538.730 unidades dos Toyota Corolla, Etios, Hilux e SW4 com defeito no air bag

04 de abr, 2017 · 6 minutos de leitura.

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 Toyota convoca mais de 500 mil carros por defeito em air bags
Corolla tem cerca de 220 mil unidades envolvidas

A Toyota do Brasil está convocando os proprietários de 538.730 unidades dos modelos Corolla (produzido de janeiro de 2010 a dezembro de 2014), Etios (entre agosto de 2012 a dezembro de 2014) e Hilux e SW4 (produzidos entre outubro de 2011 a dezembro de 2014) por um defeito no air bag do motorista. São 223.518 exemplares do Corolla, 138.346 do Etios e 176.866 da picape Hilux e do SUV SW4.

Segundo o comunicado, o defeito está no deflagrador do air bag, que é uma peça responsável por inflar a bolsa e que, devido a longas exposições a altas temperaturas com grandes variações também de umidade, se degradou.

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Em caso de acidente, há o risco do deflagrador abrir da maneira errada, lançando pequenos fragmentos de metal da carcaça, juntamente com a bolsa e causar danos materiais e físicos aos ocupantes do veículo.

A Toyota fará a substituição da peça em duas etapas. Na primeira, a partir de hoje (4), os proprietários de Corolla e Etios terão o airbag do passageiro desativado e será aplicado um adesivo com o aviso de air bag desativado.

Na segunda etapa, a partir de 26 de junho, os exemplares do Corolla envolvidos terão o air bag substituido. Para o Etios, a troca da bolsa do lado do passageiro começa no dia 7 de agosto. Em ambos, a troca do air bag do motorista inicia em 17 de abril. Para Hilux e SW4 a substituição do air bag do motorista será realizada a partir do dia 19 de junho de 2017 e não há troca da bolsa no lado do passageiro.


O serviço de desativação do air bag do Corolla leva cerca de 40 minutos e do Etios 30 minutos. Já a substituição em Hilux e SW4 levará em torno de 40 minutos. A substuituição de Corolla e Etios ainda não tem tempo estimado. A Toyota coloca à disposição dos clientes o telefone 0800 703 0206 e o site da companhia para informações e agendamento do atendimento.

Confira abaixo a numeração de chassis dos carros envolvidos:

COROLLA:


Modelo

Airbag envolvido

Data de Fabricação

Chassis envolvidos

Código alfanumérico

Últimos 8 dígitos do chassi

Corolla

Motorista

Outubro/2013
a Dezembro/2014

9BRBLWHE*
9BRBDWHE*
9BRBD3HE*

F0001002 a F0022219
F0200007 a F0250230
F0200001 a F0250216

Passageiro dianteiro

Janeiro/2010
a Dezembro/2012

9BRBB42E*
9BRBB48E*
9BRBD48E*

A5116534 a B5158588
A5116531 a A5126284
A2500001 a D2602035

ETIOS:

Modelo

Airbag envolvido

Data de Fabricação

Chassis envolvidos

Código alfanumérico

Últimos 8 dígitos do chassi

Etios

Motorista

Janeiro/2014
a Dezembro/2014

9BRK29BT*
9BRK19BT*
9BRB29BT*

D0001031 a F0051789
D2000025 a F2045086
D2000038 a F2069135

Passageiro dianteiro

Agosto/2012
a Dezembro/2014

9BRK29BT*
9BRK19BT*
9BRB29BT*

D0001001 a F0051789
D2000000 a F2045086
D2000000 a F2069135

HILUX/SW4:

Modelo

Data de Fabricação

Chassis envolvidos

Código alfanumérico

Últimos 8 dígitos do chassi

Hilux &
SW4

Outubro/2011 a Dezembro/2014

8AJCX32G*
8AJDR22G*
8AJDY22G*
8AJEX32G*
8AJEX39G*
8AJEZ32G*
8AJFR22G*
8AJFX22G*
8AJFX29G*
8AJFY22G*
8AJFY29G*
8AJFZ22G*
8AJFZ29G*
8AJYU59G*
8AJYY52G*
8AJYY59G*
8AJYZ59G*
8AJZX62G*

B2000837
C4016137 a C4017023
C7000003 a F7007713
B4032475 a F4039754
B3000003 a F3001480
B1009150
C455263 a C4556730
D6004742 a F6005161
B6600002 a F6607508
C8000000 a F8021050
C8500000 a F8581257
B5017357 a C5019149
C6140912 a C6156535
B9000738 a D9000743
C6000000 a F6000160
C6500000 a F6529363
C3054900 a C3060474
B5001025 a F5008366


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”