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Seguradora destrói mais de 300 exemplares do Tracker
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Seguradora destrói mais de 300 exemplares do Tracker

Modelos sofreram danos irreversíveis durante transporte entre o México e o porto de Rio Grande

Hairton Ponciano Voz e Tião Oliveira

01 de jun, 2017 · 3 minutos de leitura.

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Tracker destruído no Rio Grande do Sul
Tracker
Crédito:Após serem esmagados, modelos foram encaminhados para processo de derretimento (Foto: Marcus Copetti)

Uma seguradora destruiu cerca de 350 unidades do Chevrolet Tracker em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, segundo relatou o jornalista Marcus Copetti. De acordo com ele, durante alguns dias no início de maio, a cidade foi surpreendida com a operação, pois haviam muitos caminhões e unidades do utilitário-esportivo (SUV) envolvidos.

 

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Diversos caminhões cegonha chegaram a Novo Hamburgo carregados com exemplares do Tracker, que foram encaminhados a uma recicladora. Lá, os modelos foram prensados.


Após os processos, os restos dos carros eram colocados, três a três, sobre reboques. Em seguida, foram submetidos a derretimento.

Os motoristas dos caminhões cegonha disseram que os modelos sofreram danos durante o transporte entre o México, onde são produzidos, e o porto de Rio Grande (RS).

Tracker destruído no Rio Grande do Sul


De acordo com Copetti, eles falaram também que os estragos, irreversíveis, foram causados pela água do mar. Os danos foram considerados irreversíveis e, em algumas unidades, havia mofo em partes da cabine.

Ainda segundo Copetti, antes do esmagamento, foram retiradas partes como pneus e baterias, componentes enviados à fábrica da Chevrolet em Gravataí (RS).

A Chevrolet confirma que os carros foram inutilizados pela seguradora, mas não informa quantas unidades estavam envolvidas no processo.


Nos quatro primeiros meses deste ano, o Tracker teve vendas bem inferiores às registradas em 2016, quando ainda tinha visual antigo e motor 1.8.

Em maio, pela primeira vez desde sua reestilização e da chegada do motor 1.4 turbo, o carro ultrapassou mil unidades comercializadas – ele já tinha atingido esse número até o dia 29 de maio.

 


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”