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VW pode interromper produção do Golf no Brasil
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VW pode interromper produção do Golf no Brasil

Presidente da VW afirma que produção do Golf no Brasil pode ser interrompida por causa das baixas vendas de hatches médios

Redação

24 de jul, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Crédito:Vendas do Golf no Brasil são prejudicadas pela queda no segmento de hatches médios (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)
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A Volkswagen do Brasil estaria estudando paralisar a produção do Golf na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. Em entrevista ao site Automotive Business, o presidente da filial brasileira da empresa, David Powels, disse que quer, antes de tudo, gerar lucro.

Para isso ele estaria disposto até a interromper a fabricação do hatch médio.

 

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O executivo disse, segundo informações do site, que pretende fazer com que a empresa retome o segundo lugar em vendas no Brasil. Além disso, ele quer recolocar as finanças da companhia no azul.

Desde que Powels assumiu a direção, em 2015, a Volkswagen do Brasil vem operando no vermelho.


Para atingir os objetivos, Powels disse que a continuidade da fabricação no Paraná do Golf não está garantida para os próximos anos. A razão é a queda nas vendas do segmento.

Atualmente, os hatches médios respondem por menos de 2% do emplacamento geral no mercado brasileiro, segundo o executivo.

LINHA DE PRODUÇÃO


Parte da capacidade da fábrica do Paraná será destinada à fabricação de um novo utilitário-esportivo (SUV). O modelo inédito será feito sobre a plataforma MQB, a mesma do Golf.

Provavelmente, ele ficará bastante parecido com o T-Roc. Esse modelo conceitual foi revelado pela Volkswagen no Salão de Genebra (Suíça) no ano passado.

A planta do Paraná é compartilhada com a Audi. Lá, a montadora de carros de luxo produz o SUV Q3 e o sedã A3.


MERCADO

No primeiro semestre deste ano, o Golf foi segundo colocado de um segmento que, hoje, tem apenas três representantes relevantes. O VW teve apenas 2.461 unidades vendidas de janeiro a julho.

O primeiro colocado foi o Chevrolet Cruze Sport6. O mais novo hatch médio do País registrou 3.222 emplacamentos. O terceiro colocado, Ford Focus, teve 2.115 exemplares comercializados.


Para comparação, o líder dos sedãs médios, Toyota Corolla, registrou 29.188 emplacamentos no mesmo período. O SUV mais vendido, Honda HR-V, teve 23.218 vendas.

Em comunicado, a Volkswagen, no entanto, negou qualquer intenção ou planos de interromper a produção do Golf no Brasil.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.