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Sensores e câmeras dão uma forcinha na hora da baliza
Manutenção

Sensores e câmeras dão uma forcinha na hora da baliza

Sensores de obstáculos e câmeras traseiras são bons aliados em manobras de estacionamento

Thiago Lasco

16 de ago, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Crédito: Pósitron
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Foi-se o tempo em que estacionar o carro na primeira tentativa dependia da sorte de achar uma vaga boa. Os sensores de obstáculos e as câmeras traseiras deixaram a tarefa mais simples. Esses itens estão mais populares e chegaram aos modelos de entrada. Também é possível instalá-los como acessórios.

Os sensores funcionam por meio de ultrassom. Cápsulas instaladas na traseira do veículo emitem uma vibração mecânica, que bate nas barreiras físicas e retorna. O tempo de ida e volta dessa vibração permite identificar a distância e a posição do obstáculo.

Já a câmera traseira tem uma lente parecida com a das câmeras fotográficas. Quanto maior o ângulo de abertura, maior o campo de visão do motorista. Os modelos com ângulo de 110° a 130° são mais baratos que os de 170°, mas não permitem visualizar as extremidades da traseira do carro.

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Os dois itens se complementam. Enquanto o sensor emite um aviso sonoro quando o carro chega perto de uma barreira física, a câmera antecipa a presença de elementos distantes, como crianças brincando.

Esses acessórios são embutidos no para-choque ou, se não for possível furar essa peça, fixados em suportes próximos à placa. Cabos coaxiais levam os sinais captados ao módulo, que se liga à tela da central multimídia e à ré do veículo.

A operação desses itens tem suas “pegadinhas”. Algumas câmeras distorcem as imagens. Os sensores começam a enviar alertas quando ainda há uma distância considerável do obstáculo, dando ao motorista a falsa impressão de que o carro não vai caber na vaga.


Preços. As concessionárias instalam acessórios genuínos, que não afetam a garantia do veículo.

Na VW, para Gol e Fox, o sensor custa R$ 415. A câmera sai por R$ 209, mas, se o carro não tiver central multimídia, será preciso adquirir uma, a partir de R$ 2.777. Na Sorana (2141-5811), o custo das peças com instalação é de R$ 690 (sensor) e R$ 3.600 (central e câmera).

A Ford oferece, para os Ka e Fiesta atuais, retrovisor interno com câmera de ré embutida, já instalado, por R$ 2.100.


Em centros automotivos, os preços são menores. Mas é preciso ter cuidado na instalação, pois eventuais deslizes podem levar ao cancelamento da garantia de fábrica do veículo.

Na Mercadocar (2206-5000), os sensores partem de R$ 146 e as câmeras, de R$ 162. Os preços incluem a instalação e a garantia é de três meses.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.