As pessoas que não olham a Triumph Thruxton R com atenção podem achar que ela é só mais uma moto de estilo retrô para desfilar. Mas a cafe racer, montada em Manaus e com preço de R$ 57.990, esconde sob o visual antigo uma mecânica de dar inveja a muita esportiva presente no mercado.
Os diferenciais da versão R, a única disponível no Brasil, são as suspensões dianteiras da Showa e os amortecedores traseiros Öhlins com reservatório de gás, ajustáveis em compressão, retorno e pré-carga. Há ainda os freios a disco com pinças monobloco (da Brembo), que oferecem uma frenagem mais equilibrada. Os freios são potentes e têm funcionamento gradual quando acionados, evitando que a frente afunde. O modelo usa pneus Pirelli Diablo Rosso Corsa, usados em esportivas.
Seu motor é o dois-cilindros de 1.200 cm³, o mesmo da Bonneville, mas com um ajuste mais agressivo. Ele gera 97 cv e 11,4 mkgf. Esse propulsor oferece bom torque em baixas rotações, mas apresenta um comportamento mais arisco quando o giro sobe.
Por isso, a moto traz controle de tração e três modos de condução (chuva, estrada e esportivo), que mudam a entrega da potência. O câmbio de seis marchas tem engates curtos e precisos, que aumentam a sensação de esportividade.
A posição de guiar, bem baixa, é típica de uma cafe racer, com o corpo avançado sobre o tanque. Essa solução cansa o piloto por longos trechos, ou em baixa velocidade. O painel de instrumentos traz mostradores analógicos de velocímetro e conta-giros, fáceis de ler. Porém, as duas telas digitais com informações de hodômetro, autonomia e consumo têm leitura mais difícil.
Os espelhos fixados na extremidade do guidom e o banco do garupa, que vem coberto por uma capa, são soluções pouco funcionais no dia a dia.