Versão “básica” da família touring, da norte-americana Indian, a Chieftain recebeu mudanças na linha 2017 para agradar a um público mais jovem e se equiparar à rival Harley-Davidson Street Glide. Montada em Manaus e tabelada a R$ 92.990, a moto agora traz central multimídia com navegador GPS integrado, tela de 7 polegadas, rádio AM e FM, conexão Bluetooth e entrada USB.
Uma das virtudes do novo sistema é a possibilidade de personalização da tela, que pode ser dividida em duas. Há dezenas de combinações de projeção possíveis.
O piloto pode optar por visualizar os mapas do GPS e o computador de bordo, por exemplo. Isso facilita o uso de mais de uma aplicação durante a pilotagem.
De série, há partida sem uso de chave, sistema de som com 100 watts de potência, controle de velocidade de cruzeiro, travamento central das malas laterais, monitoramento da pressão dos pneus e ajuste elétrico de altura do para-brisa.
O estilo tipicamente norte-americano exagera nos cromados em todas as partes. As malas laterais têm juntas 65 litros. O velocímetro e conta-giros analógicos, que ladeiam a central multimídia, trazem números pequenos e a iluminação vermelha prejudica a visualização dos dados à noite.
Com motor bicilíndrico de 1.811 cm³, que gera 16,4 mkgf (a marca não divulga potência), a Chieftain tem boa disposição para acelerar, apesar dos 391 kg. Os trunfos desse V2 são a baixa vibração em marcha lenta e a boa dissipação de calor mesmo no trânsito, diferentemente do padrão de motos com esse tipo de propulsor.
O câmbio de seis marchas tem bom escalonamento, mas os engates são longos e é difícil encontrar a posição “neutro”. A embreagem banhada a óleo reduz o esforço do acionamento do manete, o que é bom no anda e para das cidades.
A posição de guiar é confortável, tanto na altura e largura do guidom quanto na distância das pedaleiras. O banco do garupa também é confortável, mas não tem apoio de lombar, que é vendido como acessório nas autorizadas da marca.
Para uma moto desse tipo, a Indian Chieftain é bastante ágil e se comporta bem nas curvas, mesmo tendo 2,57 metros de comprimento.
O chassi de alumínio fundido dá boa rigidez ao conjunto, evitando torções do quadro em trechos mais fechados.
As suspensões, monoamortecida a ar na traseira e convencional com ar e óleo na dianteira, são confortáveis e trabalham bem para filtrar as imperfeições do piso, mesmo nas vias brasileiras. Os freios a disco, duplo na frente e simples atrás, com ABS, têm boa potência para parar a moto. Além disso, o funcionamento do sistema antitravamento não é intrusivo.