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As velas do seu carro são coisa séria
Manutenção

As velas do seu carro são coisa séria

Peças são baratas, mas falta de manutenção preventiva acarreta danos graves ao motor

Thiago Lasco

13 de set, 2017 · 5 minutos de leitura.

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tanquinho de partida a frio
Velas do motor precisam estar em dia, sobretudo no período do inverno
Crédito:NGK/Divulgação

As velas de ignição são pequenas e de baixo custo – o preço unitário varia de R$ 12 a R$ 18 em lojas de autopeças na capital. Mas elas têm papel fundamental no funcionamento do veículo ao gerar a centelha que dará início à queima da mistura de combustível e ar que fará o motor a combustão girar.

Se as velas não estiverem em boas condições, haverá acúmulo de resíduos na câmera de combustão e aumento do consumo de combustível e das emissões de poluentes. Além disso, há risco de maior desgaste de bobinas e do catalisador, entre outros itens.

Para evitar esses problemas, é importante não descuidar da manutenção preventiva. O consultor de assistência técnica da fabricante NGK, Hiromori Mori, diz que cada montadora especifica a vida útil das velas de seus veículos, após realizar testes de engenharia.

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“O manual do proprietário traz a recomendação para a troca. Nós recomendamos que elas sejam vistoriadas a cada 12 meses ou 10 mil km.”

Mori lembra que a inspeção deve ser feita por um profissional. “Por meio de exame visual é possível verificar se houve desgaste excessivo, que pode ser identificado pelo arredondamento dos eletrodos”. De acordo com ele, com uma análise mais cuidadosa dá para detectar outros problemas, como queima de óleo de motor, infiltração de líquido de arrefecimento na câmara de combustão e até uso de combustível de má qualidade.

Os cabos de ignição, que conduzem a tensão elétrica das bobinas para as velas, também devem ser checados. Se estiverem desgastados, podem prejudicar a ignição. Há casos em que os defeitos nos cabos são confundidos com falhas nas velas.


Consequências. A falta de manutenção nas velas pode custar caro. “Em caso de desgaste excessivo ou funcionamento irregular, podem ocorrer falhas no motor, perda de desempenho, dificuldade na partida, danos ao catalisador e aumento do consumo e das emissões de poluentes”, enumera Mori. “O desgaste aumenta a tensão necessária para a produção da faísca na vela. Isso encurta a vida útil das bobinas e pode danificar os cabos de ignição.”

Falhas em acelerações e retomadas de velocidade, vibração excessiva do motor, dificuldades na partida e aumento do consumo de combustível podem ser sinais de que há algo errado com as velas. “Quando o motorista começa a perceber falhas no motor, é porque o defeito já ocorre há algum tempo”, diz o especialista.

No caso de troca, é importante que as peças de reposição estejam dentro dos parâmetros preconizados pela montadora. As fabricantes de velas têm tabelas de aplicação que indicam qual o tipo adequado para cada modelo e motor. Os cabos de ignição também têm especificações próprias.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.