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Uno e Palio perdem relevância no mercado
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Uno e Palio perdem relevância no mercado

Em outubro, Uno e Palio têm vendas pífias e ficam fora do 'top 30' de emplacamentos

Rafaela Borges

28 de out, 2017 · 6 minutos de leitura.

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Uno e Palio
Uno e Palio
Crédito:Uno teve seu pior desempenho do ano (Foto: Sergio Castro/Estadão)
Uno e Palio ranking de vendas

Cada vez mais, Uno e Palio, antigos campeões de vendas, estão se tornando irrelevantes no mercado brasileiro. Em outubro, ambos ficaram fora da lista dos 20 mais emplacados do Brasil.

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O Palio, na verdade, saiu até mesmo do “top 30”. Notícia ainda pior: ele não deve somar nem mesmo mil emplacamentos no encerramento do mês.

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Com isso, terá seu pior desempenho não apenas neste ano, mas nos últimos tempos. De 1º a 27 de outubro, o Palio somou apenas 732 exemplares vendidos.

Esse número não o coloca nem entre os 40 mais emplacados do País. Já no acumulado do ano, o Palio tem pouco mais de 19 mil unidades comercializadas. Com isso, ainda se mantém no “top” 30 – é 33º colocado.

A queda gradual do Palio já era esperada. Embora a Fiat ainda esteja produzindo o carro, a tendência é que, em breve, ele saia de linha.


Isso porque o Argo é a nova aposta da montadora do segmento no qual o Palio antigamente tinha força.

Para relembrar, o Palio foi durante anos o segundo carro mais emplacado do Brasil. Em 2014, pela primeira vez em mais de 20 anos, ele conseguiu desbancar o Gol para se tornar o mais vendido do País.

Porém, já em 2015, o Palio perdeu a posição para o Onix. No entanto, continuou frequentando a lista dos dez mais emplacados. Isso até o início deste ano, quando começou a despencar em vendas.


 

UNO: SURPRESA RUIM PARA A FIAT

O Uno, no entanto, não saiu do radar da Fiat ainda. Isso porque, com a chegada ao Mobi, ele foi reposicionado e ficou um pouco mais caro. Ainda assim, recebe atualizações constantes.


Além da reestilização recente, ele também foi o carro escolhido para marca a estreia do novo motor de três cilindros da Fiat.

A chegada do Mobi, e o aumento de preço, prejudicaram um pouco a vida do Uno no ranking de vendas. Ainda assim, o carro continuava bastante relevante. Era integrante fixo do “top 20” e, muitas vezes, ainda aparecia entre os dez mais vendidos.

No entanto, de 1º a 27 de outubro, ele somou apenas 1.339 emplacamentos. Este também é, até agora, seu pior desempenho no ano.


Até então, o pior mês para o Uno havia sido janeiro, quando ele somou 2.044 emplacamentos. Desde então, sua média mensal havia ficado acima de 3 mil unidades vendidas. Em maio, ele teve boas 5.482 unidades vendidas.

O resultado ruim de outubro, porém, o coloca em posição perigosa no ranking. No mês, ele ficará fora do “top 20”. No acumulado do ano, por enquanto, é 18º colocado, com pouco mais de 31 mil emplacamentos.

DESEMPENHO DA FIAT


Dificilmente os resultados ruins de Uno e Palio vão atrapalhar a vida da Fiat no ranking de vendas. Isso porque a Strada caminha para um excelente mês, com quase 5 mil emplacamentos.

O Mobi, após um setembro desastroso, está indo bem em outubro. Até agora, teve mais de 4.600 emplacamentos. A Toro também manteve sua média mensal, assim como o Argo.

Com isso, a Fiat deve garantir sua segunda posição no ranking de vendas, atrás da Chevrolet. A Volkswagen, porém, pode ficar bem próxima. Isso porque são ótimos os desempenhos de Gol, Saveiro e Voyage.


A marca alemã, no entanto, deve mesmo se tornar uma ameaça quando o Polo começar a ser vendido, em novembro. O objetivo da montadora é colocar o novo carro entre os cinco mais emplacados do País.

VEJA TAMBÉM: OS CARROS 1.0 MAIS POTENTES

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.