Cada vez mais, Uno e Palio, antigos campeões de vendas, estão se tornando irrelevantes no mercado brasileiro. Em outubro, ambos ficaram fora da lista dos 20 mais emplacados do Brasil.
O Palio, na verdade, saiu até mesmo do “top 30”. Notícia ainda pior: ele não deve somar nem mesmo mil emplacamentos no encerramento do mês.
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Com isso, terá seu pior desempenho não apenas neste ano, mas nos últimos tempos. De 1º a 27 de outubro, o Palio somou apenas 732 exemplares vendidos.
Esse número não o coloca nem entre os 40 mais emplacados do País. Já no acumulado do ano, o Palio tem pouco mais de 19 mil unidades comercializadas. Com isso, ainda se mantém no “top” 30 – é 33º colocado.
A queda gradual do Palio já era esperada. Embora a Fiat ainda esteja produzindo o carro, a tendência é que, em breve, ele saia de linha.
Isso porque o Argo é a nova aposta da montadora do segmento no qual o Palio antigamente tinha força.
Para relembrar, o Palio foi durante anos o segundo carro mais emplacado do Brasil. Em 2014, pela primeira vez em mais de 20 anos, ele conseguiu desbancar o Gol para se tornar o mais vendido do País.
Porém, já em 2015, o Palio perdeu a posição para o Onix. No entanto, continuou frequentando a lista dos dez mais emplacados. Isso até o início deste ano, quando começou a despencar em vendas.
UNO: SURPRESA RUIM PARA A FIAT
O Uno, no entanto, não saiu do radar da Fiat ainda. Isso porque, com a chegada ao Mobi, ele foi reposicionado e ficou um pouco mais caro. Ainda assim, recebe atualizações constantes.
Além da reestilização recente, ele também foi o carro escolhido para marca a estreia do novo motor de três cilindros da Fiat.
A chegada do Mobi, e o aumento de preço, prejudicaram um pouco a vida do Uno no ranking de vendas. Ainda assim, o carro continuava bastante relevante. Era integrante fixo do “top 20” e, muitas vezes, ainda aparecia entre os dez mais vendidos.
No entanto, de 1º a 27 de outubro, ele somou apenas 1.339 emplacamentos. Este também é, até agora, seu pior desempenho no ano.
Até então, o pior mês para o Uno havia sido janeiro, quando ele somou 2.044 emplacamentos. Desde então, sua média mensal havia ficado acima de 3 mil unidades vendidas. Em maio, ele teve boas 5.482 unidades vendidas.
O resultado ruim de outubro, porém, o coloca em posição perigosa no ranking. No mês, ele ficará fora do “top 20”. No acumulado do ano, por enquanto, é 18º colocado, com pouco mais de 31 mil emplacamentos.
DESEMPENHO DA FIAT
Dificilmente os resultados ruins de Uno e Palio vão atrapalhar a vida da Fiat no ranking de vendas. Isso porque a Strada caminha para um excelente mês, com quase 5 mil emplacamentos.
O Mobi, após um setembro desastroso, está indo bem em outubro. Até agora, teve mais de 4.600 emplacamentos. A Toro também manteve sua média mensal, assim como o Argo.
Com isso, a Fiat deve garantir sua segunda posição no ranking de vendas, atrás da Chevrolet. A Volkswagen, porém, pode ficar bem próxima. Isso porque são ótimos os desempenhos de Gol, Saveiro e Voyage.
A marca alemã, no entanto, deve mesmo se tornar uma ameaça quando o Polo começar a ser vendido, em novembro. O objetivo da montadora é colocar o novo carro entre os cinco mais emplacados do País.
VEJA TAMBÉM: OS CARROS 1.0 MAIS POTENTES
1/10
1 - VOLKSWAGEN POLO 200 TSI (128 cv)
O lançamento da nova geração do Volkswagen Polo tem tudo para dar uma sacudida no segmento de hatches compactos. A versão de topo já chega arrematando um título: o de motor 1.0 mais potente do País. O três-cilindros turbinado do novato gera até 128 cv.
2/10
2 - VOLKSWAGEN GOLF TSI (125 cv)
Na versão 1.0 TSI, o hatch médio tem o mesmo motor tricilíndrico que passa a equipar a versão de topo do recém-lançado Polo. No irmão maior, porém, a potência entregue é 3 cv menor (embora o torque seja o mesmo, de 20,4 mkgf).
3/10
3 - FORD FIESTA ECOBOOST (125 CV)
O motor Ecoboost 1.0 turbo da Ford equipa vários modelos da marca na Europa e nos Estados Unidos. Por aqui, foi incorporado na gama do Fiesta como opção de topo, acima do 1.6 de 128 cv. Pena que só é oferecido com o problemático câmbio automatizado Powershift. Ocupa a terceira posição na lista porque seu torque é menor que o do Golf: 17,3 mkgf.
4/10
4 - VOLKSWAGEN UP TSI (105 cv)
A chegada da opção turbinada deixou o subcompacto ainda mais gostoso de dirigir. Com arrancadas rápidas e consumo urbano de até 14,3 km/l, o motor entrega o melhor dos dois mundos: prazer ao volante e eficiência. No Up!, o motor 1.0 turbo com injeção direta de combustível gera 105 cv de potência e um torque de 16,8 mkgf que surge já a 1.500 rpm.
5/10
5 - HYUNDAI HB20 1.0 TURBO (105 cv)
A Hyundai lançou uma opção 1.0 turbinada para ocupar o centro da gama, entre as versões 1.0 aspirada e 1.6. O torque, de 15 mkgf, também vem cedo, a 1.550 rpm. O resultado é, mais uma vez, um carro bem disposto e econômico (em ciclo rodoviário, a versão sedã cumpre a média de 15,2 km/l se abastecida com gasolina).
6/10
6 - FORD KA 1.0 (85 cv)
Se a atual geração do Ka foi muito bem recebida por particulares e frotistas, uma das principais razões para isso foi seu motor, o mais forte entre os 1.0 aspirados do País. O tricilíndrico TiVCT entrega 85 cv e 10.7 mkgf e não se faz de rogado quando o motorista pressiona o acelerador, sobretudo no trânsito urbano.
7/10
7 - RENAULT SANDERO EXPRESSION 1.0 (82 cv)
O espaçoso hatch da Renault foi completamente revigorado pela adoção de uma família de motores de origem Nissan. O tricilíndrico SCe de 82 cv e 10,5 mkgf se sai bem melhor que o quatro-cilindros anterior, de 80 cv. Mas parece menos ligeiro que o Up!, talvez por ser cerca de 100 kg mais pesado.
8/10
8 - VOLKSWAGEN UP! 1.0 MPI (82 cv)
Sejamos justos: mesmo a versão aspirada do Up! esbanja disposição no trânsito. O três-cilindros de 82 cv e 10,4 mkgf é esperto e econômico: em termos de diversão ao volante, o páreo entre ele e o Ford Ka é bastante acirrado.
9/10
9 - HYUNDAI HB20 1.0 (80 cv)
O HB20 foi o primeiro modelo do mercado brasileiro a apostar em um motor de três cilindros, caminho que foi seguido depois por Volkswagen Up! e Ford Ka. Quando abastecido com etanol, o propulsor Kappa gera até 80 cv de potência e 10,2 mkgf de torque.
10/10
10 - FIAT ARGO DRIVE 1.0 (77 cv)
Apesar de sua potência de 77 cv o colocar abaixo do HB20 nesta lista, o motor do novato da Fiat tem uma oferta de torque maior: são 10,9 mkgf. Mesmo assim, as respostas aos comandos do acelerador são menos empolgantes que as do Hyundai.
Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?
Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade
26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.
Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).
No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.
Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.
Centro de gravidade
Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.
Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento.
E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.
Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:
– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.
– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.
– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.
– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.
– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.