A Honda, que tem a Itália como um de seus maiores mercados para motocicleta no mundo, não decepcionou nas apresentações durante o Salão de Milão (EICMA) desse ano e preparou uma enorme ofensiva, sendo que das novidades mostradas as mais importantes para o Brasil são a nova CB1000R, a nova versão Adventure Sports da Africa Twin e a Gold Wing.
A nova CB1000R abandonou o padrão de naked street fighter do visual e agora aposta em um visual “neo retrô”, no qual busca a base das CB antigas, mas com um toque altamento futurista que foi visto no conceito Neo Sports Cafe.
Usando o mesmo motor da CBR1000RR, a CB1000R tem um quatro cilindros de 145 cv e 10,6 mkgf, associado a um câmbio de seis marchas com embreagem deslizante e assistida. Além do acelerador eletrônico, o modelo traz três mapas de condução que mudam a entrega de potência, controle de tração e controle de freio-motor, ambos reguláveis em três níveis.
Africa Twin Adventure Sports.
Outro importante lançamento é a versão topo da big trail Africa Twin. O modelo, ressuscita um nome utilizado na primeira geração até 1988 e adota elementos que deixam o modelo ainda mais preparado para aventuras e incursões em longas aventuras.
Entre as mudanças da versão estão maiores pedaleiras, novo painel de instrumentos, acelerador eletrônico com três mapas de entrega de potência, sete níveis de controle de tração, novo formato para o escapamento e para a caixa de ar da admissão, aquecedores de manopla e bateria de íons de lítio.
Há ainda um tanque de combustível maior – de 24 litros (o da Africa normal é de 18,8 litros) e suspensões maiores que elevaram a distância em relação ao solo para 27 cm (25 cm na normal). O protetor de cárter e o para-brisa ficaram maiores e a moto já traz de série protetores de tanque e banco interiço liso, além de pintura que remete a Adventure Sports de 1988.
Gold Wing e F6B.
A “nave-mãe” da Honda chegou a sexta geração e provavelmente a mais radical de todas. O modelo teve uma ruptura enorme no que diz respeito ao visual, se tornando mais agressiva e moderna e adotou uma série de componentes sofisticados. Todas as mudanças foram adotadas também na versão “jovem”, a F6B, que traz apenas as malas laterais.
Com 40 quilos a menos, ela tem um motor seis cilindros boxer, mais compacto, e com mais tecnologias, como quatro válvulas por cilindro, que é 20% mais eficiente que seu antecessor. As mudanças na aerodinâmica geraram melhorias de 12% no arrasto.
A suspensão dianteira aboliu o conceito convencional de duas bengalas e usa um sistema semelhante ao telelever da BMW, no qual todo o trabalho é feito por um amortecedor único na absorção de impactos. Na traseira, apenas para a Gold Wing, há ajustes eletrônicos.
Tal qual os outros lançamentos, traz acelerador eletrônico, mas associado a quatro modos de condução e controle de tração. Há ainda controle de velocidade de cruzeiro, assistente de partida em rampa, air bag A central multimídia tem navegador GPS com atualização gratuita dos mapas por dez anos e integração com Android Auto e Apple CarPlay.