A Renault tem planos de produzir uma versão elétrica do Kwid, para a China. E, de lá, trazê-lo para o Brasil, entre outros países.
A informação foi dada pelo presidente da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, o brasileiro Carlos Ghosn, em entrevista à “Automotive News”.
Ghosn disse que o Nissan Leaf é muito caro e sofisticado para a China. De acordo com ele, para vender bem no país o carro deve ser elétrico de baixo custo. Daí a intenção de desenvolver o Kwid EV (elétrico). Ghosn disse à publicação que já dirigiu o carro, e garantiu que “será um carro bem projetado, e de baixo custo”.
Segundo ele, após o lançamento do carro na Ásia, o plano é exportá-lo para outros mercados, entre os quais o Brasil: “Se funcionar na China, não há razão para não vendê-lo no Brasil, na Índia e em países do Oriente Médio”.
Embora os protótipos do Kwid elétrico já estejam rodando na China, ainda não há previsão de data para lançamento.
O executivo informou que a estratégia é desenvolver plataformas de veículos elétricos que sirvam às três marcas da aliança, o que permitiria alcançar maior lucratividade, por causa do ganho de escala: “No início, cada marca tinha sua tecnologia”, disse, exemplificando que o Renault Zoe empregava tecnologia própria, e totalmente diferente da utilizada no Nissan Leaf. A Mitsubishi também trilhava caminho próprio. Agora, o plano é ter uma plataforma, um conjunto de baterias e um jogo de motores.
O grupo Renault-Nissan-Mitsubishi não é o único gigante do setor que enxerga a China como um enorme potencial para o mercado de carros elétricos acessíveis. A Volkswagen está fazendo algo similar. A diferença, no entanto, é que a marca alemã buscou parceria com uma empresa fora do grupo. A empresa firmou acordo com a JAC para desenvolver um elétrico acessível.
(Veja também o grande recall do Kwid, aqui).