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Conheça os comandos da sua moto
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Conheça os comandos da sua moto

Veja os tipos de árvores de cames de motores de motocicletas e saiba para que eles servem

José Antonio Leme

28 de mar, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Superesportiva Ducati Panigale V4 usa o conceito desmodrômico, que aciona a abertura e o fechamento das válvulas por meio de ressaltos na árvore do comando/ DUCATI
Crédito:

Assim como as válvulas do coração servem para permitir a passagem do sangue bombeado, as de um motor de moto são responsáveis por garantir que a mistura de ar e combustível siga para dentro dos cilindros.

Mas, diferentemente do que ocorre com o músculo humano, nas motos há três diferentes tipos de comandos de válvulas (também chamados de árvores de cames): direto, indireto e o desmodrômico. No direto, o contato do comando vai no tucho e realiza a abertura da válvula. Esse é o sistema mais utilizado pelas fabricantes.

É adotado tanto em motocicletas pequenas, como a Honda CG Titan, quanto em superesportivas, a exemplo da Suzuki GSX-R 1000 R. O dispositivo desse modelo, aliás, conta ainda com variação do tempo de abertura das válvulas. Isso ocorre graças à força centrífuga, que altera o centro de massa dos ressaltos do comando.

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No indireto, há um segundo componente de contato entre o comando e a válvula. Esse dispositivo pode ser roletado, ter um balancim ou balancim e vareta (como é o caso dos motores V2 da Harley-Davidson).

O ponto negativo desse sistema é o aumento do número das peças móveis, que gera risco maior de quebras. Por isso, é mais utilizado em motores de rotações baixas.

Tanto no comando direto quanto no indireto, as molas tendem a ceder com o excesso de trabalho. Assim, não fazem o fechamento completo. Isso leva a uma queima menos eficiente da mistura de ar e combustível e vai gerando depósitos no bloco do motor.


Já o sistema desmodrômico preza pela redução das peças móveis e é o único dos três que, além de comandar a abertura da válvula, também controla seu fechamento.

O direto e o indireto usam uma mola de retorno para levar a válvula à sua posição original. O desmodrômico força o movimento pelo ressalto da árvore de comando, do mesmo modo que ocorre na abertura.

A vantagem desse tipo de comando é evitar a flutuação das válvulas. Isso ocorre quando, em giros mais elevados, as molas não suportam a frequência exigida pela rotação do motor. O ponto negativo é o maior desgaste das peças por causa do contato direto e a necessidade de ajustes mais frequentes.


Atualmente, é utilizado apenas pela Ducati e se tornou sinônimo da marca italiana.

 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.