Unir praticidade e esportividade na mesma moto nem sempre é fácil – é comum um dos lados sair perdendo. Não é o caso da Ducati SuperSport, um dos poucos exemplos de equilíbrio entre essas duas virtudes. A sport touring montada em Manaus chega às autorizadas do País em versão única, S, tabelada a R$ 63.900.
Os destaques são o quickshift para trocas de marcha sem acionar o manete de embreagem, as suspensões da marca Öhlins totalmente ajustáveis e o monoposto, que pode receber assento para o garupa.
O nome SuperSport foi adotado pela Ducati na década de 70, sendo utilizado até o início dos anos 2000 em motos com características de esportivas, mas sem abrir mão do conforto.
A posição de pilotagem, por exemplo, lembra a das nakeds, com postura mais elevada por causa dos semiguidões fixados na parte de cima da mesa. As pedaleiras ficam menos recuadas, melhorando o conforto. A bolha, por sua vez, tem dois níveis de altura para proteger melhor o piloto da força do vento.
Acelerando
A Ducati SuperSport tem motor de 937 cm³ que gera 113 cv e 9,8 mkgf. Trata-se do mesmo dois-cilindros em “L” da Multistrada 950, que sobressai pelo bom torque em rotações baixas e médias – 80% da força estão disponíveis a 3.000 rpm. Com isso dá para rodar no trânsito urbano com menos trocas de marcha. Aliás, o câmbio de seis velocidades da nova Ducati tem bom escalonamento.
Há três modos de condução. Na Sport e na Estrada, os 113 cv são entregues em curvas diferentes. No cidade, a potência é limitada a 75 cv. Outro destaque é o controle de tração com oito níveis de intervenção.
A união da posição de guiar mais elevada e do motor elástico deixa a SuperSport agradável tanto na pista, onde é possível andar rápido, quanto no dia a dia. A moto é bem fácil de manobrar (são 24° de ângulo de cáster) em baixas velocidades. As suspensões permitem ter o melhor dos dois mundos: conforto e respostas precisas. Como o curso é curto, a moto sofre com pisos esburacados.
Os freios são da Brembo e têm dois discos de 320 mm na frente e um de 245 mm. São bem dimensionados e o funcionamento do sistema é progressivo. Além disso, dá para desligar o ABS, que tem três níveis de atuação.
O painel de instrumentos digital é completo, mas confuso. O quadro de TFT colorido que equipa outros modelos (como 1299 Panigale e Monster 1200) seria uma opção melhor.