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Harley-Davidson mostra sua primeira moto elétrica
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Harley-Davidson mostra sua primeira moto elétrica

Além da elétrica Livewire, Harley-Davidson vai entrar no segmento de big trail e nakeds

José Antonio Leme

30 de jul, 2018 · 5 minutos de leitura.

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harley-davidson
Pan America 1250
Crédito:

A Harley-Davidson surpreendeu o mercado ao revelar toda uma nova gama que estará nas ruas em 2020 com a entrada da companhia em novos segmentos. Entre eles, estreias chocantes para o mundo das duas rodas, como nakeds esportivas e uma big trail.

No segmento de motos elétricas, a marca já havia confirmado a introdução do primeiro modelo no ano que vem. A LiveWire de produção foi apresentada e será apenas a primeira de uma família com outro estilos de motos elétricas até 2022. Algumas delas serão menores e mais leves, para garantir a introdução de novos motociclistas ao mundo das duas rodas.

Plataforma modular

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Os três novos produtos mostrados, que serão lançados a partir de 2020, surgiram como conceitos: Pan America, Streetfighter e Custom. A Pan America é a primeira big trail da marca, com motor V2 de 1.250 cm³.

A segunda é uma naked esportiva, com motor V2 de 975 cm³ e estilo agressivo para brigar no andar intermediário, com motos como BMW S 1000 R e Kawasaki Z1000. A custom tem estilo esportivo, algo como uma sucessora espiritual da V-Rod. Seu motor é o V2 de 1.250 cm³, também.

Esses modelos são apenas os primeiros da mudanças da companhia para atender uma nova geração de motociclistas que não querem mais motos pesadas e grandes, necessariamente. E a Harley-Davidson era basicamente feita de motos assim. O resultado foi uma queda nas vendas nos últimos anos e nas projeções futuras para jovens motociclistas.


Com isso, a companhia antecipa mudanças e desenvolvimento de novos modelos para atender um mercado que está aficionado em big trails, por exemplo. E se torna uma marca convencional pioneira em oferecer produtos elétricos, o que pode dar à companhia certa vantagem.

Além das três, haverá outros produtos entre 500 cm³ e 1250 cm³ nessas categorias ou em outras, produzidas sobre a mesma plataforma. Isso significa o compartilhamento da eletrônica, motores e até chassi.

O motor será o mesmo para todos os modelos, com as variações necessárias para atender cada segmento. Pelas imagens é possível ver que ele tem um ângulo próximo de 60º e duplo comando de válvulas. Esse propulsor tem um radiador na dianteira, o que significa que ele será ao menos em parte refrigerado a ar. Há indícios de que as motos poderão ter itens de qualidade reconhecida, como freios Brembo e suspensões invertidas.


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Harley-Davidson de baixa cilindrada

Assim como fez a BMW e KTM, a Harley-Davidson resolveu aceitar a necessidade de um projeto de baixa cilindrada. A marca confirmou que terá ao menos um produto com motor entre 250 cm³ e 500 cm³.


Inicialmente, esse produto será focado no mercado asiático, com especial atenção à Índia. O mercado indiano é importante para a Harley e ela quer aumentar sua participação depois do sucesso da Street 500. Como ocorreu com a BMW, ela terá um parceiro local que não foi divulgado. Sem tocar no assunto, nada impede a chegada e a produção desse modelo em Manaus (AM).

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.