O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoiou neste domingo um boicote contra a fabricante norte-americana de motocicletas Harley-Davidson. Esse é o mais recente episódio da disputa entre a companhia e Trump sobre as tarifas do aço.
A fabricante de motocicletas de Wisconsin anunciou um plano no início deste ano para transferir a produção de motocicletas para o mercado da União Europeia dos Estados Unidos para o exterior, com o objetivo de evitar as tarifas impostas pelo bloco comercial em retaliação às tarifas de Trump sobre as importações de aço e alumínio.
Em resposta, Trump criticou a Harley-Davidson, pedindo impostos mais altos e ameaçando atrair produtores estrangeiros para os Estados Unidos para aumentar a concorrência.
“Muitos proprietários da @harleydavidson planejam boicotar a empresa se a produção mudar para o exterior. Ótimo! A maioria das outras empresas está vindo em nossa direção, incluindo concorrentes da Harley. Uma medida realmente ruim! Os EUA terão em breve condições de igualdade”, disse Trump em um post no Twitter.
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A briga pelos interesses
A Harley-Davidson se recusou várias vezes a comentar as observações de Trump ao longo da disputa. A empresa não pôde ser imediatamente contactada para comentar o assunto neste domingo.
A Harley-Davidson prevê que as tarifas da UE custariam à empresa entre 30 milhões e 45 milhões de dólares para o restante de 2018 e entre 90 milhões e 100 milhões de dólares para o ano inteiro.
Trump se encontrou no sábado com um grupo de motociclistas que o apoiam, posando para fotos com cerca de 180 motociclistas em seu resort de golfe em Bedminster, Nova Jersey, onde ele está de férias.
Apesar de terem fábricas nos Estados Unidos, Honda e Yamaha estão no rol de fabricantes que produzem fora do país americano. Além delas, vendem bem nos EUA, mas produzem fora europeias BMW e Ducati, bem como as indianas Hero MotoCorp Ltd e Bajaj Auto, entre outras.