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Freio ABS está completando 40 anos
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Freio ABS está completando 40 anos

O sistema antitravamento de freios (ABS) foi apresentado pela Mercedes-Benz e pela Bosch entre os dias 22 e 25 de agosto de 1978

Redação

24 de ago, 2018 · 4 minutos de leitura.

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Mercedes-Benz com ABS
Crédito:Enquanto o carro sem ABS não consegue fazer a curva mesmo com as rodas esterçadas, o modelo equipado com o sistema mantém a dirigibilidade e contorna a barreira. Foto: Daimler AG

O freio ABS é um quarentão. O sistema que impede o travamento de rodas durante a frenagem foi apresentado pela primeira vez em um evento realizado entre os dias 22 e 25 de agosto de 1978, pela Mercedes-Benz e Bosch.

Na época, as duas empresas alemãs explicaram didaticamente o princípio de funcionamento do dispositivo, batizado com as iniciais de anti-lock braking system.

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Sem ABS, manter a dirigibilidade em caso de frenagem de emergência (ocasião em que se emprega pressão total no pedal de freio) era uma tarefa muito difícil, especialmente sobre superfícies escorregadias.

ABS na teoria

Voltando ao evento daquele final de agosto longínquo, a brochura distribuída pela Mercedes relatava o seguinte: “O sistema antitravamento utiliza um computador que monitora mudanças na velocidade de rotação de cada roda durante a frenagem. Se a velocidade de rotação diminui muito rapidamente (como no caso de frenagem sobre piso escorregadio) e a roda corre o risco de travar, o computador automaticamente reduz a pressão hidráulica de frenagem. Assim, a roda volta a acelerar e a pressão aumenta novamente. Esse processo é repetido inúmeras vezes numa questão de segundos”.

E continuava: “Embora pareça complicado, na prática o ABS é simples. Mesmo sobre a mais escorregadia superfície, o sistema permite ao carro não apenas parar com a máxima pressão de frenagem sem travamento de rodas, mas também possibilita ao motorista manter a trajetória do veículo mesmo esterçando o volante”.


ABS na prática

No evento, além das explicações teóricas, o dispositivo foi testado na prática. Dois Mercedes andaram lado a lado sobre piso molhado, um com ABS e outro sem a novidade. Ao se aproximar de uma barreira, os dois frearam e tentaram desviar. O carro equipado com ABS obedeceu aos comandos de esterçamento do motorista e contornou os obstáculos, enquanto o modelo sem o sistema continuou na mesma trajetória apesar das rodas viradas, como pode ser visto na foto. Como resultado, o carro acertou os obstáculos.

O primeiro modelo feito em série a receber a novidade foi o Mercedes Classe S, no final do mesmo ano.

Dois anos depois, o dispositivo passou a ser oferecido como opcional em toda linha de automóveis da marca. Desde outubro de 1992, todos os automóveis da Mercedes têm ABS de série.


No Brasil, o sistema passou a ser obrigatório a partir de 2014.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.