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Nova Honda CB 1000 R une elegância e desempenho
Avaliação

Nova Honda CB 1000 R une elegância e desempenho

Naked 1.000 com design italiano tem motor de quatro cilindros com 145 cv e quatro modos de pilotagem. Preço ainda não foi definido

13 de nov, 2018 · 6 minutos de leitura.

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cb 1000
Honda CB 1000 R
Crédito:Crédito: Gustavo Epifânio/Divulgação

O design da nova Honda CB 1000 R foi criado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da marca em Roma, na Itália, mas a naked foi pensada em parceria com a matriz japonesa e traz a facilidade de pilotagem típica da linha CB.

A CB 1000 R, agora em segunda geração, foi a primeira moto da marca a incorporar o conceito Neo Sports Cafe. Que, nas palavras do chefe de design da Honda na Europa, Valerio Aiello, “resgata o desenho clássico e a praticidade da linha CB, mas com a emoção italiana”. Para isso, a naked foi equipada com um motor de quatro cilindros, 998 cm³, arrefecimento líquido e comando duplo no cabeçote de 145 cv de potência máxima a 10.500 rpm.

A entrega de potência é linear e não assusta, mas a pitada de emoção fica por conta da eletrônica, que oferece quatro modos de pilotagem – standard, esporte, chuva e usuário –, que alteram a resposta do acelerador, o controle de tração e o nível do freio motor.

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No modo “standard”, a CB 1000 R tem um comportamento pacato, com retomadas suaves nas três primeiras marchas do câmbio de seis velocidades. Ao mudar para o “esporte”, a resposta do acelerador fica mais agressiva e girar o acelerador com mais empolgação resulta até em empinadas “involuntárias” com menos intervenção do controle de tração. Ainda é possível ajustar os parâmetros ao gosto do piloto com o modo usuário. Já o modo “chuva” atenua a resposta do acelerador para garantir segurança no piso molhado.

Tudo é controlado por meio de comandos no punho esquerdo e informado no painel digital de fundo preto e fácil de visualizar. Conta-tiros, velocímetro, marcador de combustível e até um simples computador de bordo informa o consumo, que variou entre 18 e 16 km/litro conforme a tocada e as estradas sinuosas no sul da região italiana da Toscana.

Nova ciclística na 1000

A Honda adotou um conjunto ciclístico à altura da nova naked. O inédito quadro monotrave superior é feito em aço. As suspensões têm garfo telescópico invertido, na dianteira, e um monobraço de alumínio na traseira. O peso do conjunto não é dos mais leves: 212 kg em ordem de marcha. As suspensões vêm de fábrica com acerto voltado para o conforto, porém ambas são totalmente ajustáveis.


A posição de pilotagem é típica das nakeds, mas com um guidão mais largo. O que deixa a CB 1000 R ágil nas mudanças de direção e fácil de manobrar. O assento é confortável, mas a ausência de proteção aerodinâmica, como em toda moto naked, cansa um pouco após longas viagens. Os freios com sistema ABS contam com discos nas duas rodas, ajudados pelas pinças de fixação radial, na roda dianteira.

Com design atraente, a nova CB 1000 R chega como opção para quem procura uma naked potente e moderna. Mas fácil de domar graças aos controles eletrônicos. O sucesso do modelo Honda vai depender do posicionamento de preço, que deve ser superior aos R$ 50 mil. A Kawasaki já comercializa a Z 1000 (142 cv) por R$ 55.990, enquanto a Suzuki vende a GSX-S 1000 (150 cv) por R$ 50.536. Ambas têm motor de quatro cilindros e boa dose de eletrônica embarcada. O modelo de 1.000 cm³ só começa a ser vendido no Brasil no próximo ano e seu preço ainda não foi definido.

Ficha técnica
Motor
999,8 cm³, 4 cil., 16V, gasolina
Potência (cv)
145 a 10.500 rpm
Torque (mkgf)
10.6 a 8.250 rpm
Câmbio
6 marchas
Fonte: Honda


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.