A trail Honda XRE 300 recebeu mudanças profundas na linha 2019. O modelo lançado em 2009 havia tido apenas pequenas alterações até agora. Desta vez, quase pode ser chamada de nova geração.
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O preço da XRE 300 2019 é de R$ 18.200 nas cores prata ou preta. Para a versão Rally, que traz as cores de competição da Honda, a tabela vai a R$ 18.690.
Esse é o mesmo valor da opção Adventure, que tem grafismo exclusivo e um tom de verde na pintura.
Mudanças da XRE 300
Entre as novidades da XRE 300, a moto ficou mais leve. A linha 2019 perdeu 5,4 kg. Segundo a Honda, isso foi possível graças às novas carenagens, que são mais leves, e os freios ABS. Eles não têm mais o sistema combinado.
Também contribuiu para a redução do peso a adoção de peças de resina, no lugar das de alumínio. Entre os exemplos há o suporte de bagageiro integrado às alças do garupa.
O painel ao estilo blackout (fundo preto com grafismos brancos) está mais completo. Agora, ele tem indicação de consumos médio e o instantâneo. Com as novas carenagens, sua fixação foi levemente alterada e ele está mais inclinado.
Mais segurança
A adoção do sistema de luzes de LEDs para faróis, lanternas e setas garante mais segurança. Como o LED proporciona até 13% mais luminosidade que as lâmpadas convencionais, é possível ver e ser visto com mais facilidade. Além disso, a durabilidade do componente é maior.
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O sistema de ABS da XRE 300, até então, aciona o freio dianteiro em casa de frenagem do traseiro (combinado). Agora, eles têm dois canais. Com isso, trabalham de forma independente em cada roda.
A capacidade de processamento do ABS também dobrou. Ela passou de 16K para 32K, o que garante um acionamento mais rápido quando necessário. Na prática, o recurso ficou mais bem calibrado para qualquer situação e menos intrusivo.
Design
Se normalmente os produtos maiores ditam o visual dos menores, a Honda tem a tendência de fazer o oposto. A XRE 300 foi inspirada pelo visual da XRE 190.
Há vincos mais pronunciados e linhas mais agressivas e modernas. Os contornos arredondados perderam espaço, mas alguns detalhes da família XRE continuam vivos, como o para-lama fixado junto ao farol.
Nas laterais, que deixam a moto com aspecto de ser mais larga, as carenagens têm uma abertura de ar, para melhorar a aerodinâmica.
Rodando
A parte mecânica não mudou. O motor monociclíndrico e flexível rende 25,6 cv a 7.500 rpm e 2,8 mkgf a 6.000 rpm. Ele tem bom torque em médias rotações e consegue levar a XRE 300 bem no trânsito urbano e também na estrada – em velocidades de até 120 km/h.
O câmbio tem engates fáceis, mas as cinco marchas deixam o motor “gritando” na estrada. Uma sexta cairia bem, para funcionar como overdrive, reduzindo o giro e o barulho.
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A ciclística ainda agrada e a posição de guiar é boa. O assento é bastante confortável tanto para o piloto quanto para o garupa.
A largura do guidom e a posição das pedaleiras agradam também. O curso das suspensões, 245 mm na dianteira e 225 mm na traseira, é bom, e a XRE 300 consegue lidar bem com as imperfeições do piso.
Outro item que incomoda, além do câmbio curto, são os pneus. No uso diário, geram muito ruído em contato com o asfalto.