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XRE 300 2019 é quase nova geração
Avaliação

XRE 300 2019 é quase nova geração

Trail da Honda passou pelas mudanças mais profundas em seus dez anos de mercado

José Antonio Leme

26 de nov, 2018 · 6 minutos de leitura.

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xre 300
HONDA XRE 300 2019. CRÉDITO: CAIO MATTOS/HONDA/DIVULGAÇÃO
Crédito:

A trail Honda XRE 300 recebeu mudanças profundas na linha 2019. O modelo lançado em 2009 havia tido apenas pequenas alterações até agora. Desta vez, quase pode ser chamada de nova geração.

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O preço da XRE 300 2019 é de R$ 18.200 nas cores prata ou preta. Para a versão Rally, que traz as cores de competição da Honda, a tabela vai a R$ 18.690.

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Esse é o mesmo valor da opção Adventure, que tem grafismo exclusivo e um tom de verde na pintura.

Mudanças da XRE 300

Entre as novidades da XRE 300, a moto ficou mais leve. A linha 2019 perdeu 5,4 kg. Segundo a Honda, isso foi possível graças às novas carenagens, que são mais leves, e os freios ABS. Eles não têm mais o sistema combinado.

Também contribuiu para a redução do peso a adoção de peças de resina, no lugar das de alumínio. Entre os exemplos há o suporte de bagageiro integrado às alças do garupa.


O painel ao estilo blackout (fundo preto com grafismos brancos) está mais completo. Agora, ele tem indicação de consumos médio e o instantâneo. Com as novas carenagens, sua fixação foi levemente alterada e ele está mais inclinado.

Mais segurança

A adoção do sistema de luzes de LEDs para faróis, lanternas e setas garante mais segurança. Como o LED proporciona até 13% mais luminosidade que as lâmpadas convencionais, é possível ver e ser visto com mais facilidade. Além disso, a durabilidade do componente é maior.

 


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O sistema de ABS da XRE 300, até então, aciona o freio dianteiro em casa de frenagem do traseiro (combinado). Agora, eles têm dois canais. Com isso, trabalham de forma independente em cada roda.

A capacidade de processamento do ABS também dobrou. Ela passou de 16K para 32K, o que garante um acionamento mais rápido quando necessário. Na prática, o recurso ficou mais bem calibrado para qualquer situação e menos intrusivo.


Design

Se normalmente os produtos maiores ditam o visual dos menores, a Honda tem a tendência de fazer o oposto. A XRE 300 foi inspirada pelo visual da XRE 190.

Há vincos mais pronunciados e linhas mais agressivas e modernas. Os contornos arredondados perderam espaço, mas alguns detalhes da família XRE continuam vivos, como o para-lama fixado junto ao farol.

Nas laterais, que deixam a moto com aspecto de ser mais larga, as carenagens têm uma abertura de ar, para melhorar a aerodinâmica.


Rodando

A parte mecânica não mudou. O motor monociclíndrico e flexível rende 25,6 cv a 7.500 rpm e 2,8 mkgf a 6.000 rpm. Ele tem bom torque em médias rotações e consegue levar a XRE 300 bem no trânsito urbano e também na estrada – em velocidades de até 120 km/h.

O câmbio tem engates fáceis, mas as cinco marchas deixam o motor “gritando” na estrada. Uma sexta cairia bem, para funcionar como overdrive, reduzindo o giro e o barulho.

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A ciclística ainda agrada e a posição de guiar é boa. O assento é bastante confortável tanto para o piloto quanto para o garupa.

A largura do guidom e a posição das pedaleiras agradam também. O curso das suspensões, 245 mm na dianteira e 225 mm na traseira, é bom, e a XRE 300 consegue lidar bem com as imperfeições do piso.


Outro item que incomoda, além do câmbio curto, são os pneus. No uso diário, geram muito ruído em contato com o asfalto.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.