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Mini Cabrio 2019 chega com linha mais ampla
Avaliação

Mini Cabrio 2019 chega com linha mais ampla

Modelo traz novas versões de motor, câmbio de automatizado de sete marchas e mudanças no desenho

Rafaela Borges

07 de dez, 2018 · 7 minutos de leitura.

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Mini Cooper Cabrio 2019
Crédito:Crédito: Mini/Divulgação

A linha 2019 do Mini Cabrio acaba de chegar às lojas com leve reestilização e duas novas versões de motor. Outra novidade fica por conta da chegada do câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens, que substitui o automático de oito marchas na única configuração que estava disponível até então, Cooper S – e também equipa a nova opção de entrada, Cooper.

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A versão inicial da linha tem motor três-cilindros 1.5 turbo de 136 cv. O preço sugerido é de R$ 146.990. As outras duas opções trazem o 2.0 turbo de quatro cilindros, com 192 cv e 231 cv,

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Dessas, a versão mais fraca, Cooper S, tem preço sugerido de R$ 176.990. Já a mais forte (e também mais divertida), John Cooper Works (JCW), sai por R$ 196.990. Ela é a única a trazer o câmbio automático de oito marchas.

Visual. O conjunto óptico do Mini Cabrio foi renovado. Há agora faróis de LEDs e luzes direcionais, que funcionam a partir de 45 km/h. A partir de 110 km/h, passam a entregar capacidade total.

Nas versões S e JCW, essas luzes são matriciais. Isso significa que são capazes de ajustar seus quatro segmentos conforme a demanda. Elas reduzem a luminosidade quando há um carro no sentido oposto, ou iluminam mais a direção da curva, por exemplo.


Atrás, as lanternas passam a ser de LEDs em todas as versões. Por dentro, elas trazem o desenho da bandeira do Reino Unido.

Esse desenho também está no painel, à frente do passageiro dianteiro, sobre o porta-luvas. Discreto durante o dia, ele fica vermelho na escuridão, ou ao se passar por um túnel, por exemplo. Outra novidade do interior é o contorno da central multimídia com iluminação configurável – pode ser azul, laranja, entre outras cores.

Além disso, a alavanca de câmbio passou a ter controles eletrônicos, como as dos modelos da BMW. Há ainda uma nova posição para o comando dos modos de condução – agora no console central, próximo ao botão de partida. Antigamente, era na base da alavanca de câmbio.


Multimídia. A central multimídia traz uma nova interface. A da versão Cooper, com tela de 6,5″, traz comandos remotos interligados ao smartphone. À distância, pode-se definir, por exemplo, a temperatura do carro.

A das versões S e JCW tem tela de 8,8. O recurso acrescenta navegador GPS, sistema de concierge e Apple CarPlay – não há Android Auto.

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O teto de lona preto pode abrir ou fechar em 18 segundos, a velocidades até 30 km/h. Opcionalmente, ele pode receber desenho de partes da bandeira do Reino Unido.

Em movimento. Avaliamos as versões Cooper S e John Cooper Works em trechos urbanos, rodovias de alta velocidade, trechos serranos e a famosa Rio-Santos, no trecho entre Guarujá e São Sebastião. Cenário perfeito para se comparar as aptidões dessas duas divertidas opções.


Começamos pelo JCW, que é o mais visceral dos Mini. Em qualquer modo de condução, do confortável ao esportivo, ele apresenta muitos baques secos em pisos imperfeitos. Isso porque a versão não tem nenhum compromisso com o conforto, apenas com a esportividade. Sem folgas na direção e com suspensão muito dura, é um devorador de curvas, e acelera sem medo de ser feliz.

No modo de condução mais bravo, usado na maior parte da avaliação, o giro é mantido sempre alto e, do escapamento esportivo, vem um ronco instigante. Além disso, dá para ouvir um leve “estouro” nas reduções de marcha.

Com o dupla embreagem do Cooper S, dá para escutar as marchas “raspando” na mudança. E esse é o único som de esportividade propagado pelo Mini Cabrio intermediário, que tem escapamento convencional.


Do modo confortável para o esportivo, nas há mudança tão perceptíveis no modo de ação do conjunto motor-câmbio. Menos ainda da suspensão, que absorve melhor as imperfeições do piso. O Cooper S sabe lidar bem melhor com o dia a dia nas cidades, mas com pitada bem menor de diversão.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”