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SUV M-Byte tem tela de 48 polegadas
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SUV M-Byte tem tela de 48 polegadas

Modelo inédito da chinesa Byton é elétrico, terá duas versões de motor e autonomia superior a 500 km

Tião Oliveira, de Las Vegas, EUA

09 de jan, 2019 · 6 minutos de leitura.

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m-byte
BYTON M-BYTE. CRÉDITO: TIÃO OLIVEIRA/ESTADÃO
Crédito:

M-Byte. Esse é o nome do SUV elétrico cuja versão de produção está sendo apresentada pela chinesa Byton na CES. A feira, em Las Vegas (EUA), é focada em novidades eletrônicas, mas neste ano recebeu estandes de mais de uma dezena de marcas de veículos, como Audi, Ford, Hyundai e Mercedes-Benz.

A Byton, que promete lançar o novo modelo compacto no fim deste ano, na China, é novata. A startup mostrou o primeiro protótipo do M-Byte na edição de 2018 da CES. A empresa informa ainda que o M-Byte deverá estar disponível na Europa e nos EUA até 2021. No mercado norte-americano, o novo SUV deverá partir de cerca de US$ 45 mil (cerca de R$ 170 mil, na conversão direta, sem impostos).

Serão oferecidas duas opções de motor elétrico para o M-Byte. A de entrada terá o equivalente a 97 cv de potência e a de topo, 129 cv, de acordo com informações da Byton. Para a primeira, a fabricante promete autonomia de cerca de 400 km. A outra poderá rodar até 525 km sem que as baterias tenham de ser recarregadas.

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A escolha da CES como palco para apresentação do M-Byte faz todo sentido. A enorme tela de 48 polegadas, que ocupa todo o painel do SUV, foi um dos principais destaques do carro-conceito e será mantida no modelo de produção. Além dela há outra, de 7″ e sensível ao toque, integrada ao volante.

Batizada de Shared Experience (experiência compartilhada), a telona é curva e projeta dados como velocidade, mapa do navegador GPS e carga das baterias, entre dezenas de outras informações. Também integra o sistema de conectividade e reproduz as imagens capturadas pelas câmeras instaladas no lugar dos retrovisores externos do M-Byte.

A tela menor (Driver Pilot) permanece fixa mesmo quando o motorista gira o volante. Por meio dela é possível acionar e configurar várias funções do carro. O sistema já está pronto para receber recursos de condução autônoma de nível 3. Ou seja: o M-Byte poderá rodar sozinho, sem intervenção do motorista.


Aposta na conectividade

De série, o SUV virá com dispositivos de segurança. Entre eles estão aviso de saída involuntária da faixa de rolamento, com correção automática de rota, controlador automático de velocidade de cruzeiro, frenagem automática de emergência e alerta de risco de colisão traseira.

O dispositivo também tem reconhecimento facial e aceita comandos de gesto e voz. Esse último utiliza o Alexa, recurso de Inteligência Artificial da Amazon. Até três passageiros podem usufruir do sistema simultaneamente. Isso permite, por exemplo, que cada um ouça sua própria lista de músicas.


Byton é chinesa com alma alemã

A marca Byton surgiu em 2017 e pertence à Future Mobility Corp. A startup foi fundada por ex-executivos da BMW e da Nissan com investimentos de cerca de US$ 200 milhões (cerca e R$ 750 milhões, na conversão direta). Presidente da empresa, o alemão Daniel Kirchert foi vice-presidente de vendas da BMW-Brilliance na China. Depois, comandou as operações da Infiniti, a divisão de luxo da Nissan, no país asiático.

No fim do ano passado a Byton firmou parceria com a alemã Bosch para o desenvolvimento de novas tecnologias veiculares. A sistemista alemã será responsável pela maioria dos dispositivos eletrônicos presentes no M-Byte.


Promessa de mais três modelos

Na apresentação do primeiro protótipo do M-Byte, no ano passado, a empresa também anunciou que lançará um sedã. O modelo, batizado de K-Byte, deve chegar ao mercado chinês em 2021. E informa que prepara outro produto para 2023. Os detalhes, contudo, não foram revelados.

O jornalista viajou a convite da Ford

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”