M-Byte. Esse é o nome do SUV elétrico cuja versão de produção está sendo apresentada pela chinesa Byton na CES. A feira, em Las Vegas (EUA), é focada em novidades eletrônicas, mas neste ano recebeu estandes de mais de uma dezena de marcas de veículos, como Audi, Ford, Hyundai e Mercedes-Benz.
A Byton, que promete lançar o novo modelo compacto no fim deste ano, na China, é novata. A startup mostrou o primeiro protótipo do M-Byte na edição de 2018 da CES. A empresa informa ainda que o M-Byte deverá estar disponível na Europa e nos EUA até 2021. No mercado norte-americano, o novo SUV deverá partir de cerca de US$ 45 mil (cerca de R$ 170 mil, na conversão direta, sem impostos).
Serão oferecidas duas opções de motor elétrico para o M-Byte. A de entrada terá o equivalente a 97 cv de potência e a de topo, 129 cv, de acordo com informações da Byton. Para a primeira, a fabricante promete autonomia de cerca de 400 km. A outra poderá rodar até 525 km sem que as baterias tenham de ser recarregadas.
- Mobis é a visão de futuro da Hyundai na CES
- Continental mostra cachorro robô de entrega na CES
- Inscreva-se no canal do Jornal do Carro no YouTube
A escolha da CES como palco para apresentação do M-Byte faz todo sentido. A enorme tela de 48 polegadas, que ocupa todo o painel do SUV, foi um dos principais destaques do carro-conceito e será mantida no modelo de produção. Além dela há outra, de 7″ e sensível ao toque, integrada ao volante.
Batizada de Shared Experience (experiência compartilhada), a telona é curva e projeta dados como velocidade, mapa do navegador GPS e carga das baterias, entre dezenas de outras informações. Também integra o sistema de conectividade e reproduz as imagens capturadas pelas câmeras instaladas no lugar dos retrovisores externos do M-Byte.
A tela menor (Driver Pilot) permanece fixa mesmo quando o motorista gira o volante. Por meio dela é possível acionar e configurar várias funções do carro. O sistema já está pronto para receber recursos de condução autônoma de nível 3. Ou seja: o M-Byte poderá rodar sozinho, sem intervenção do motorista.
Aposta na conectividade
De série, o SUV virá com dispositivos de segurança. Entre eles estão aviso de saída involuntária da faixa de rolamento, com correção automática de rota, controlador automático de velocidade de cruzeiro, frenagem automática de emergência e alerta de risco de colisão traseira.
O dispositivo também tem reconhecimento facial e aceita comandos de gesto e voz. Esse último utiliza o Alexa, recurso de Inteligência Artificial da Amazon. Até três passageiros podem usufruir do sistema simultaneamente. Isso permite, por exemplo, que cada um ouça sua própria lista de músicas.
Byton é chinesa com alma alemã
A marca Byton surgiu em 2017 e pertence à Future Mobility Corp. A startup foi fundada por ex-executivos da BMW e da Nissan com investimentos de cerca de US$ 200 milhões (cerca e R$ 750 milhões, na conversão direta). Presidente da empresa, o alemão Daniel Kirchert foi vice-presidente de vendas da BMW-Brilliance na China. Depois, comandou as operações da Infiniti, a divisão de luxo da Nissan, no país asiático.
No fim do ano passado a Byton firmou parceria com a alemã Bosch para o desenvolvimento de novas tecnologias veiculares. A sistemista alemã será responsável pela maioria dos dispositivos eletrônicos presentes no M-Byte.
Promessa de mais três modelos
Na apresentação do primeiro protótipo do M-Byte, no ano passado, a empresa também anunciou que lançará um sedã. O modelo, batizado de K-Byte, deve chegar ao mercado chinês em 2021. E informa que prepara outro produto para 2023. Os detalhes, contudo, não foram revelados.
O jornalista viajou a convite da Ford
BÔNUS: VEJA OS IPVAs de moto mais caros de SP