A vida é feita de ciclos e o da CG 125 terminou. A Honda encerrou a produção da versão de entrada da moto mais vendida do País. Foram 42 anos de produção e cerca de 7 milhões de unidades comercializadas. Vendida por R$ 7.161, agora só pode ser encontrada em estoques de concessionárias.
O motivo principal para o encerramento do modelo que era a versão de entrada da gama foi a obrigatoriedade da adoção de um sistema de freios combinados para motos até 500 cm³. Segundo a Honda, se o modelo fosse passar pela adaptação necessária, ficaria com um preço muito próximo ao da CG 160 Start – versão mais acessível com o motor 162,7 cm³ e que sai a R$ 8.390.
A decisão também foi “mais fácil” porque o modelo já não representava uma porcentagem significativa da gama. Nos últimos anos, a CG 125 vendeu menos de 10% dos modelos comercializados da família CG.
O marco do fim da produção é mais emocional pela nomenclatura 125, que deixa de ser usada por completo. Afinal, o modelo continua em produção com a versão 160, assim como já teve a opção 150.
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História da CG
Lançada em 1976, a Honda CG 125 foi a primeira motocicleta feita no Brasil. O modelo inagurou também a produção em Manaus, onde nasceu o polo motociclístico graças a um incentivo ainda vigente do governo para a produção na região.
Na época, o motor 125 cm³ rendia 10,4 cv. A atual, que saiu de linha, se despede com 11,8 cv. Outra diferença é o câmbio, que na primeira era rotativo e de quatro marchas, sendo agora, convencional e de cinco.
Entre outras mudanças ou marcos que a CG teve durante esse período estão o de ser a primeira moto movida a Etanol (1981) e também a primeira com tecnologia flexível, em lançada em 2009 – aí já no motor 149 cm³.