Blog do Boris

Tem novidade que não desce goela abaixo…

Algumas incomodam, mas são inevitáveis. Outras chegam com alarde, transtornam a vida do motorista e vão embora cabisbaixas...

Boris Feldman

09 de nov, 2020 · 7 minutos de leitura.

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Crédito: Shutterstock

Algumas incomodam, mas são inevitáveis. Outras chegam com alarde, transtornam a vida do motorista e vão embora cabisbaixas…

Pneu Run Flat

Deveria ser proibido no Brasil, pois foi projetado para resistir a furos, não a rasgos provocados por crateras asfálticas. É ótimo em rodovias do Primeiro Mundo. Mas, tantas foram as reclamações, que importadoras estão “quebrando o galho” e acrescentando um estepe no porta-malas.

Nitrogênio

Invenção caça-níquel da White Martins. Custa caro e disponível apenas em poucos postos. Indicado para carros de corrida, pois a pressão não sobe com o aumento da temperatura. Não contem umidade (que oxida) e evita a perda de pressão pois não atravessa a parede do pneu.

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Outro grave inconveniente é que o motorista não pode “quebrar o galho” e calibrar – eventualmente – com ar comprimido disponível em cada esquina. E então, até encontrar o nitrogênio, roda com pneus murchos.

SUV

Novo queridinho do mercado, com algumas poucas vantagens e inúmeras desvantagens. Vai na contramão da história pois é grande, pesado, bebe e polui muito, difícil de manobrar e tem centro de gravidade elevado, que exige controles eletrônicos para não tombar. E o pior: comprovado estatisticamente matar muito mais que o automóvel.

Chave presencial

Inútil, cria problemas e transtorna a vida do motorista. Tem o que sai do carro (motor ligado) com ela no bolso. A mulher, filho ou motorista seguem com o carro. Que roda até ser desligado. Aí, não liga mais…


Muitas vezes, o motorista sai e se esquece de desligar o motor. Nos EUA, teve um que deixou o carro a noite na garagem (incorporada à casa), foi dormir com o motor ligado… E desmaiou!

Start-Stop

Maravilha: desliga o motor quando o carro para. Liga na hora de andar. No trânsito urbano, reduz consumo e emissões. Bom para o bolso e para o ar. Mas, como eu praticamente só ando em estradas, tenho aflição e desligo…

Ahhh… Que saudade daqueles dois botõezinhos redondinhos dos dois lados do rádio! Hoje está tudo magistralmente incorporado ao sistema de som, conectividade e entretenimento e tem carro que chega para teste que eu até desisto de sintonizar a rádio de minha preferência.


Correia dentada

Nada mais confiável que o eixo comando de válvulas acionado por vigorosas correntes metálicas, como nas bicicletas. Aí, com desculpa de reduzir do ruído (mas, na verdade, por uma questão de custo), lá veio a correia dentada.

De borracha, tem limite de quilometragem mas, muitas vezes arrebenta antes dele. “A culpa é da região em que o carro é usado, com muito pó de minério ou poeira” ou outra desculpa qualquer.

E ainda dá margem à pi-ca-re-ta-gem de se trocar (quase sempre desnecessariamente) também o tensor/rolamento. Nobre exceção: a correia dos motores Ford são banhadas a óleo e só pedem troca aos 250 mil km.


Prova de que não presta é que algumas fábricas que aderiram à correia dentada já migraram de volta para a corrente.

Parafernália eletrônica

Juro que me sinto aliviado quando saio de um automóvel supermoderno, carregado de eletrônica, e assumo um mais antiguinho, simples, nada mirabolante nem pasteurizado: nada de comandos por voz nem ajustes no touch screen. Não acende sozinho os faróis nem os limpadores de para-brisa. Gostoso de dirigir. Dá uma escorregadinha na curva, mas e daí?

Elétrico

Sim, eu sei que é o futuro do automóvel. Que é a melhor solução ecológica (será mesmo?). Baixo custo de manutenção e do km rodado. Mas, só serei adepto dele quando o carregamento das baterias for rápido e largamente disponível.


Até então, adoro os híbridos plug-in: Dá para ir e voltar ao trabalho diariamente só no modo elétrico. Mas, quando faltar a bateria, o velho motor a combustão está lá, a postos.

Alerta de faixa

Foi uma emergência e, naturalmente, não tive tempo de acionar a seta. Dei um golpe no volante para a direita e me desviei de uma criança mais à frente, na beirada do asfalto com uma patinete.

O carro chegou próximo à outra faixa mas o sistema eletrônico deu um tranco de volta. Tive que dar outro para a direita e evitei o acidente. Por pouco!


Caixa automatizada

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