O Relatório Anual de Acidentes de Trânsito no Município de São Paulo, divulgado no dia 22 de maio pela Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), mostrou que o número de motociclistas mortos no trânsito da cidade em 2018 superou o de pedestres pela primeira vez desde 1979. O levantamento também classificou as vias que tiveram mais acidentes com vítimas no ano passado.
Confira quais foram as 10 vias mais perigosas em 2018:
1º Marginal Pinheiros: 20 atropelamentos, 225 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 245 acidentes e 22 mortes.
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2º Marginal Tietê: 14 atropelamentos, 210 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 224 acidentes e 14 mortes.
3º Av. Aricanduva: 19 atropelamentos, 97 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 116 acidentes e 13 mortes.
4º Estrada de Itapecerica
17 atropelamentos, 96 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 113 acidentes e 10 mortes.
5º Av. Sapopemba
26 atropelamentos, 82 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 108 acidentes e 4 mortes.
6º Av. Senador Teotônio Vilela
21 atropelamentos, 74 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 95 acidentes e 13 mortes.
7º Av. Jacu-Pêssego/Nova Trabalhadores
15 atropelamentos, 73 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 88 acidentes e 10 mortes.
8º Av. do Estado
18 atropelamentos, 69 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 87 acidentes e 3 mortes.
9º Av. Marechal Tito
26 atropelamentos, 59 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 85 acidentes e 8 mortes.
10º Av. Dona Belmira Marin
20 atropelamentos, 63 acidentes com vítimas nos veículos. Total: 83 acidentes e 6 mortes.
AS MULTAS MAIS CARAS DO BRASIL:
Ultrapassar outro veículo pelo acostamento
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), essa infração é gravíssima (5 pontos) e tem fator multiplicador por 5, ou seja, R$ 293,47 vira R$ 1.467,35
Disputar corrida ou participar de manobras sem permissão
O famoso racha entra nessa lista. A multa é gravíssima, ou seja, dá sete pontos da CNH, além de ter valor multiplicador por dez, ou seja R$ 2.934,70
Dirigir sobre influência de álcool
Dirigir após ter bebido é uma das multas mais caras. Além dos sete pontos na carteira e de pagar R$ 2.934,70, ou seja, a multa mais grave vezes dez, o carro é apreendido e sua habilitação suspensa por 12 meses
Ser pego de novo dirigindo sob efeito de álcool dentro de um ano
Ser pego outra vez dentro de um ano dirigindo sobre efeito de álcool é ainda mais grave. Além dos sete pontos da infração gravíssima, o valor da multa é multiplicado por 20, ou seja, R$ 5.869,40
Forçar passagem entre carros circulando em sentido oposto
Usar uma rua ou estrada de mão simples para forçar uma ultrapassagem entre carros trafegando no sentido oposto também é gravíssima, nesse caso com fator dez de multiplicação, com multa no valor de R$ 2.934,70
Usar o veículo para interromper ou perturbar a circulação em via pública
Se você usar seu carro para interromper, restringir, ou perturbar a circulação na via, sem autorização é considerado gravíssima com fator de multiplicação por 20, logo, a multa sai por R$ 5.869,40
Não se identificar em acidente ou não dar informações para o B.O.
Pois é, se após se envolver em um acidente você se negar a dar as informações ou se identificar para o policial para preenchimento do boletim de ocorrência isso é uma infração gravíssima com fator multiplicador por cinco, assim, sua multa terá valor de R$ 1.467,35
Fazer demonstração perigosa
Segundo o CTB, fazer demonstração perigosa, como "arrancada brusca, por derrapagem, frenagem ou arrastando pneus" é uma multa gravíssima com fator multiplicador 10, ou seja, o valor da multa é de R$ 2.934,70
Motociclistas foram as principais vítimas
No total, o município de São Paulo registrou 828 acidentes de trânsito fatais em 2018, que provocaram a morte de 849 pessoas, um aumento de 6,5% em relação a 2017. A maioria das vítimas fatais foram os motociclistas (366) e os pedestres atropelados (349). Já os tipos de acidentes fatais mais frequentes foram os atropelamentos (350), seguidos das colisões (235) e dos choques (148).
Para Sheila Borges, diretora da ProSimulador, empresa do segmento de educação e segurança para o trânsito, atitudes imprudentes contribuem para o aumento das mortes no trânsito, principalmente de motociclistas. Sheila diz que, por conta da agilidade proporcionada pelas motos, as pessoas tendem a desrespeitar regras de trânsito, como a velocidade máxima permitida e as sinaleiras.
“Por outro lado, a desatenção de motoristas de outros tipos de veículos também causa acidentes gravíssimos que envolvem motociclista, um exemplo disso é uso de celular ao volante. Para reduzir esse número é necessário que todos os envolvidos no trânsito estejam conscientes de suas ações”, afirma.
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Mortes no trânsito diminuíram em 10 anos, motociclistas tiveram menor redução
No período de 2009 a 2018, no entanto, a ocorrência de acidentes fatais e de óbitos no trânsito de São Paulo diminuíram 38%. O número de acidentes caiu de 1347 para 828 e o de mortes no trânsito, de 1382 para 849.
Foi registrada também uma queda de 48,2% do número de mortes causadas por atropelamentos de pedestres. Em 2009, 671 pedestres morreram no trânsito do município. No ano passado, esse número caiu para 349.
A morte de ciclistas teve a maior redução no período, de 68,9%. Já o óbito de motociclistas registrou a menor queda, de 14,5%.
A diretora da ProSimulador, Sheila Borges, afirma que um dos fatores que influenciaram essa redução nas mortes no trânsito nesse período foi a Lei Seca, que entrou em vigor em 2008. Para Sheila, a medida tem ajudado a inibir motoristas que costumavam dirigir alcoolizados.
“No entanto, precisamos de mais que isso. A cultura do brasileiro no trânsito precisa passar por uma transformação, que virá a longo prazo. Em primeiro lugar, educando nossas crianças não só para se tornarem motoristas no futuro, mas para que aprendam a se locomover independentemente do modal escolhido. Por isso, é essencial termos o trânsito como tema transversal na escola”, diz.
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Plano de Segurança Viária
Desde o dia 20 de maio, está proibida a circulação de motos na via expressa da Marginal Pinheiros, a via que mais registrou acidentes com vítimas em 2018. A medida faz parte do Plano de Segurança Viária, anunciado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) em abril.
Neste mês, a Prefeitura de São Paulo também participa do movimento global Maio Amarelo, que tem o objetivo de chamar a atenção para o índice de mortos e feridos no trânsito.