Redação, Com Eugênio Augusto Brito, especial para o Jornal do Carro

21/05/2021 - 8 minutos de leitura.

Argentina prepara plano para desenvolver mobilidade a hidrogênio

Plano do governo da Argentina que prevê a produção e exportação de hidrogênio para uso em veículos elétricos em menos de 10 anos

Toyota Mirai é um dos poucos carros movidos a hidrogênio à venda atualmente no mundo Crédito: Toyota/Divulgação

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A Argentina prepara um plano que prevê a produção e exportação de hidrogênio para veículos em menos de 10 anos. O projeto foi apresentado pelo presidente do país, Alberto Fernández, no fórum “Rumo a uma Estratégia Nacional do Hidrogênio 2030”.

Essa proposta inclui um plano de “mobilidade a hidrogênio”. E o presidente do país vizinho espera, então, apresentar detalhes do projeto até o fim do ano. Segundo a agência argentina Télam, Fernández defendeu a criação de uma “política econômica baseada no hidrogênio com amplo potencial”.

“A Argentina tem um enorme potencial para a produção de hidrogênio verde, extraído, dessa forma, com auxílio de energia eólica ou solar. A energia limpa e livre de carbono é a energia do futuro”, disse Fernández. O presidente argentino discursou no fechamento do fórum. “O desenvolvimento de uma política do hidrogênio é, portanto, uma questão com amplo potencial econômico e ambiental para nosso país”, concluiu.

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Veículos elétricos em alta

Especialistas acreditam que os investimentos na cadeia de hidrogênio possam render à Argentina dividendos na casa dos US$ 15 bilhões (atualmente, R$ 80 bilhões) até 2050. Além disso, há potencial para gerar cerca de 50 mil empregos diretos. Bem como contribuir para alcançar metas globais para uso de matriz energética livre de carbono.

O projeto pode, portanto, colocar a Argentina no centro de planos de fabricantes globais de veículos eletrificados.


Na última semana, o grupo sul-coreano Hyundai Motor — responsável pelas marcas Hyundai e Kia — anunciou, então, um investimento de US$ 7,4 bilhões (R$ 40 bilhões) até 2025. Com esse montante, vai desenvolver novos modelos elétricos, bem como programas de mobilidade inteligente. E ampliar a rede de postos de recarga com hidrogênio nos Estados Unidos.

O país é segundo maior mercado automotivo global. E tende a consumir muito mais carros elétricos com apoio da Casa Branca.

Em 2020, o grupo Hyundai foi a principal fabricante a apostar no hidrogênio como fonte de energia para veículos elétricos. A fabricante, assim, entregou sete de cada 10 automóveis com esta tecnologia no mundo. Os números são tímidos, com pouco mais de 6.600 unidades globais, mas representam alta anual de 61%, segundo o Business Korea. Tal performance é puxada, então, pelo sucesso do crossover Hyundai Nexo.


Hyundai/Divulgação

As japonesas Toyota e Honda surgem, portanto, em segundo e terceiro lugares neste ranking global. Outra fabricante a anunciar planos de eletrificação até 2030 foi a Lamborghini. A italiana planeja produzir supercarros híbridos nos próximos dois anos. E, até o fim da década, ter o seu primeiro elétrico.

Guerra elétrica: China X EUA

Na última terça-feira (18), a Ford apresentou da picape elétrica F-150 Lightning. E o presidente dos EUA, Joe Biden, voltou a defender a ampliação de gastos públicos em carros elétricos. Biden quer investir US$ 174 bilhões (quase R$ 930 bilhões na cotação atual) no desenvolvimento do segmento. Ou seja, além dos veículos, quer ampliar fábricas de baterias. E construir de milhares de pontos de recarga.


O presidente norte-americano teme, assim, que os EUA percam para a China o protagonismo no mercado global de veículos elétricos.

Grande parte das verbas do plano de Joe Biden, ou seja, US$ 100 bilhões (pouco mais de R$ 530 milhões), seria destinada para incentivar a venda de elétricos. Excluindo-se apenas “modelos de luxo”. Outros US$ 45 bilhões para troca de frotas de ônibus escolares e veículos de companhias de trânsito por modelos elétricos. E ainda US$ 15 bilhões na construção de pelo menos meio milhão de estações de recarga pelo país até 2030.

Crédito: Huang Zongzhi/Xinhua

Nova quarentena na Argentina pode afetar o Brasil

Argentina inicia nova quarentena total deste sábado (22) até 30 de maio. Se necessário, está prevista ainda uma segunda paralisação em 5 e 6 de junho. Com isso, fábricas de veículos, setor de autopeças e concessionárias instaladas no país vizinho fecharão as portas novamente.

Segundo analistas, a restrição total de circulação e das atividades pode levar o setor automotivo argentino ao mesmo estágio de março do ano passado. E isso pode prejudicar também o mercado brasileiro.

No segmento de carros de passeio, o Brasil importa hatches como o Peugeot 208 de nova geração. O modelo é 9º no segmento em 2021, com 3.175 unidades emplacadas até abril, de acordo com a Fenabrave. Já o sedã compacto Fiat Cronos é 5º em seu nicho, com 2.879 unidades. E o médio Chevrolet Cruze está em 4º no segmento, com 1.194 unidades.


Mas o maior impacto dos hermanos sobre nosso mercado está, de fato, entre os veículos comerciais. Das principais picapes médias vendidas no país, Toyota Hilux é líder, com 12.569 unidades até abril. A Ford Ranger tem 7.626 emplacamentos. E Volkswagen Amarok, 1.249 unidades. Todas são feitas no país vizinho. E isso porque a Renault Alaskan surgiu em 2018, mas a sua chegada ainda não se concretizou. Há ainda o furgão Mercedes-Benz Sprinter, com cerca de 1.400 unidades acumuladas.


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