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Frontier S é feita para o trabalho, mas tem tecnologia para passear
Avaliação

Frontier S é feita para o trabalho, mas tem tecnologia para passear

Versão de entrada da picape tem rodas de aço e motor turbodiesel "básico" de 160 cv, mas pacote eletrônico é bom

José Antonio Leme

04 de jul, 2019 · 5 minutos de leitura.

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FRONTIER S É BÁSICA EM TUDO, MENOS EM ELETRÔNICA
Crédito:NISSAN/DIVULGAÇÃO

Normalmente, as versões “peladonas” de picapes médias nem chegam ao público comum. Mas a Nissan optou por oferecer a de entrada, Frontier S, a qualquer cliente.

O modelo custa R$ 137.550 e tem como principal diferença das demais variantes o trem de força. Ela é a única com apenas um turbo nos quatro cilindros de 2,3 litros com câmbio manual de seis velocidades. Com isso, a potência caiu de 190 cv para 160 cv e o torque, de 45,9 para 41 mkgf. Contudo, ela manteve a tração 4×4 com acionamento por seletor eletrônico.

No uso, a diferença não é tão gritante em relação à biturbo e o funcionamento é bem semelhante, sem ímpeto. Até porque, o torque, que é o mais importante nesse tipo de veículo, continua bem próximo.

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A seu favor, há a possibilidade de aproveitar melhor o torque graças ao câmbio manual de engates secos e firmes. O porém fica para a ré, complicada de engatar.

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NISSAN/DIVULGAÇÃO

A Frontier S ganha velocidade com facilidade e a suspensão é boa, como das demais versões. Passando conforto aos ocupantes enquanto possível para um veículo do tipo e deitando pouco a carroceria nas curvas.


A posição de guiar não é das melhores. O motorista fica elevado, mesmo com o ajuste mais baixo do banco, e o volante não tem ajuste de distância, só de altura. As pernas ficam flexionadas a um meio termo entre os 90° e esticadas.

O acabamento é simples, mas bom. Os bancos são de tecido, mas abraçam bem os ocupantes. O painel é de plástico e não tenta esconder isso. O volante não traz multifunções e serve apenas para sua função mais básica, a de guiar mesmo.

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NISSAN/DIVULGAÇÃO

De série há freios ABS, controles de tração e estabilidade, controle automático de descida e assistente de partida em rampa. Há trio elétrico, mas as portas só travam manualmente. Uma economia pobre de tirar a função de travamento automático.

Entre os itens que a picape perdeu estão a partida por botão e central multimidia – até o rádio básico é um acessório -, além de não contar com o protetor de caçamba.

Rodas como acessórios na Frontier S

Para os clientes que não são frotistas e querem melhorar o visual do carro, a Nissan passou a oferecer as rodas de liga-leve da versão Attack (que na verdade são as rodas da geração anterior da Frontier) como um acessório a R$ 4.796, usando os mesmos pneus on-road.


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NISSAN/DIVULGAÇÃO

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Energia solar se integra ao sistema de recarga do veículo elétrico

Como as placas fotovoltaicas ajudam a realimentar as baterias e a reduzir os custos do consumo de energia?

17 de jun, 2024 · 2 minutos de leitura.

A energia solar tem se mostrado uma ótima alternativa para a recarga de veículos elétricos. Afinal, ela possibilita o carregamento do automóvel em casa ou em outro local com estrutura fotovoltaica.

“É importante observar que o tamanho da bateria do carro pode influenciar diretamente no dimensionamento dos painéis necessários”, diz Fabio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). “Cada modelo possui uma capacidade de armazenamento diferente, o que impacta no sistema ideal para fazer a recarga.”

A eletricidade gerada nos painéis solares está no formato de corrente contínua (CC). Mas a maioria dos aparelhos elétricos usa a chamada corrente alternada (CA). Daí a necessidade do inversor solar. 

Como o nome indica, esse aparelho é responsável por converter a eletricidade em corrente contínua dos painéis em alternada. Dessa maneira, permite que a bateria do carro elétrico seja realimentada.

Vantagens

“Se for superior ao consumo, a energia gerada poderá ser armazenada em baterias. Ou, dependendo do tipo de sistema, é enviada de volta para a rede elétrica”, explica Delatore.

Ele destaca que o número de placas solares está diretamente ligado à potência necessária para o sistema atender às necessidades do local. Quanto mais placas, maior a potência do sistema.

“Dependendo do ponto onde as placas serão instaladas – no telhado, por exemplo –, o espaço disponível pode limitar a quantidade de painéis solares”, afirma.

Além de reduzir as emissões de CO2 associadas à geração de eletricidade, a integração de módulos fotovoltaicos aos carros elétricos diminui os custos e a frequência de recarga das baterias.

Assim, a energia solar baixa os custos de recarga em até 74% em comparação aos veículos com motor a combustão, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Veja outras vantagens para recarregar o carro elétrico com painéis solares:

  • Economia. Os custos de carga das baterias podem ser drasticamente reduzidos, chegando a praticamente zero quando se utiliza energia solar.
  • Sustentabilidade. A energia fotovoltaica é renovável e limpa, contribuindo para a redução do impacto ambiental associado ao transporte.
  • Contra aumentos. Em época de estiagem e aumentos nas tarifas de luz, o sistema fotovoltaico ajuda a diminuir os custos.
  • Vida útil. Alguns painéis solares possuem garantia de 12 anos contra defeito de fabricação e 25 anos de garantia de produção linear de energia.

Algumas empresas de logística vão além. Elas estão instalando painéis solares na própria superfície dos veículos elétricos de sua frota. Então, essa tecnologia consegue transferir diretamente a energia para as baterias.