16/02/2017 - 11 minutos de leitura.

Avaliamos o Renault Captur com motor 1.6

Propulsor 1.6 equipa a versão mais barata do Renault Captur, a Zen, que custa de R$ 78.900

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Na manhã do test-drive com o Renault Captur, o estacionamento onde os carros se encontravam alinhados, à espera dos jornalistas, estava repleto de modelos da versão mais cara, Intense, com motor 2.0 e câmbio automático (cuja avaliação está aqui). No meio dos cerca de 30 carros, porém, apenas quatro eram da versão mais barata, a Zen, com motor 1.6 e caixa manual de cinco marchas.

Demos um jeito de largar na frente e reservar uma dessas raridades, para saber se o motor menor daria conta do utilitário-esportivo de 1.273 quilos. Quem paga mais de R$ 70 mil em um automóvel normalmente busca conforto. E quem quer conforto costuma optar pelo câmbio automático. Por isso, a pouca disponibilidade de carros com transmissão manual reflete o que deverá acontecer nas lojas: embora a Renault não tenha dado número de vendas ou mix de participação entre as versões, o 2.0 deve ser a escolha da maioria.

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Mas há quem não abra mão da transmissão manual. Por isso, mesmo em automóveis mais caros, a opção continua a existir.

O Captur 1.6 manual custa R$ 78.900. Com sistema multimídia (que sai por R$ 1.990 e inclui GPS e câmera de ré) e a pintura em dois tons (R$ 1.400), o novo utilitário-esportivo salta para R$ 82.290. Foi em um deles que saímos para a avaliação, em um percurso que incluiu cidade e estrada.

Na cidade. No trecho urbano, o Captur mostrou bom comportamento. As respostas em baixas rotações agradam, e não foi preciso elevar a rotação para o carro acompanhar o ritmo lento da capital paulista. O câmbio também apresentou bons engates.


A boa altura do solo (21,2 cm) permitiu que o Captur passasse por valetas com facilidade. Na região dos Jardins, em São Paulo, há muitos desníveis, por causa da topografia acidentada do bairro, e nos cruzamentos não é raro o motorista ter de passar com o carro “de lado” para evitar que a frente raspe no asfalto.

O Captur, no entanto, passou sem nenhum problema, porque, além da altura, os ângulos de entrada (23 graus) e saída (31 graus) são bons. A posição elevada ao volante é outro ponto apreciado por quem procura um carro desse segmento. Dá para ver tudo “de cima”.

Na estrada. Aos poucos, deixamos a cidade para trás e pegamos a Rodovia dos Imigrantes, rumo à Baixada Santista. Mesmo com o aumento da velocidade e rotação do motor, o interior manteve-se silencioso, revelando bom isolamento acústico. As portas têm vedação tripla de borracha, impedindo que a passagem do vento gere ruídos indesejáveis, e o motor não incomodou, nem em altos giros. A 120 km/h, o propulsor mantém 3.500 rpm.


Falta motor em subidas, situações em que o carro pede redução de marcha para manter o ânimo. Uma das razões pode estar no fato de o torque máximo (16,2 mkgf) aparecer a 4.000 rpm. E quem roda muito em estrada provavelmente vai sentir falta de uma sexta marcha.

Segundo a Renault, o Captur 1.6 faz 0 a 100 km/h em 11,9 segundos e alcança 169 km/h (com etanol). Em termos de consumo, o modelo tem média divulgada de 7,6 km/l na cidade e 8,0 km/l na estrada, com combustível renovável. Com gasolina, os números são respectivamente 10,9 km/l e 11,3 km/l. O motor rende 120 cavalos com etanol e 118 cv com gasolina.

Um ponto negativo é o tanque de gasolina de partida auxiliar, sistema que está sendo banido em projetos modernos.


Nas curvas de Santos. Depois de um trecho relativamente reto pela Imigrantes, tomamos a direção no sentido do Caminho do Mar, a antiga estrada que ligava o planalto ao litoral. As retas deram lugar a uma sequência de curvas, e o Captur mostrou outras qualidades. A carroceria elevada faz com que o carro balance um pouco nas curvas. Há uma leve inclinação, mas a suspensão bem acertada mantém as rodas na trajetória, sem desvio do sentido pretendido pelo motorista. O controle de estabilidade é de série, e não pode ser desativado.

E isso apesar de o modelo não ter suspensão independente na traseira. Atrás, o Captur herdou o eixo de torção do Duster. As rodas de liga leve de 17 polegadas (de série) permitem ver que o novo Renault recebeu tambores de freio na traseira, em vez de discos (mais modernos e menos sujeitos a falhas por aquecimento).

A direção eletroidráulica é um pouco lenta e indireta nas respostas (como no Duster, é preciso esterçar mais para fazer curvas). De acordo com a Renault, o sistema eletroidráulico, em vez do puramente elétrico, foi uma opção para conter custos.


Falando em direção, o Captur tem de série coluna ajustável apenas em altura (e não em profundidade). E, como nos demais modelos da família (Sandero, Logan, etc.), quando se solta a trava de ajuste a direção “cai” de uma vez. Já a suspensão, além de atuar bem em curvas, também absorveu muito bem o impacto de buracos na pavimentação, sem transmitir para a cabine ruídos ou solavancos.

Acabamento.Em relação ao Duster, há um evidente salto de qualidade no acabamento do Captur, mas o modelo não está à altura de concorrentes como Renegade ou Kicks, que tem superfície macia ao toque (como no caso do Jeep) ou revestimento de couro no painel (Kicks). O desenho interno é moderno, mas as superfícies são feitas de plástico rígido, que transmitem impressão de simplicidade. A tampa do porta-luvas também não dispõe de mola na abertura. Por isso, tende a “cair” de uma vez.

O espaço no porta-malas (437 litros nominais) é um dos maiores da categoria (equiparável ao do Honda HR-V), mas no banco traseiro ele não é muito amplo. Se o motorista for alto (acima de 1,75 m), o ocupante do banco de trás pode raspar os joelhos no banco.


Entre os itens de série, há partida por botão, chave-cartão, quatro airbags, luzes diurnas de LED, sistema Isofix para fixação de cadeira infantil, assistente de partida em rampa, som com comandos na coluna de direção, vidros elétricos, controlador de velocidade, etc.

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